Um encontro nos corredores do Palácio Paiaguás entre dois oficiais da Polícia Militar e três secretários de Estado pode ter vazado a informação de que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) estaria preparando a operação que iria prender pessoas ligadas aos supostos grampos telefônicos.
Consta no documento encaminhado pelo governador ao presidente do TJMT, desembargador Rui Ramos, nesta sexta-feira (23), que por volta das 8h45 desta sexta-feira, três secretários de Estado, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, da Casa Militar, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, da Casa Civil, e Airton Benedito Siqueira Júnior, de Justiça e Direitos Humanos, foram abordados no gabinete da Casa Militar pelo coronel Alexandre Corrêa Mendes e pelo tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, respectivamente corregedor-geral e diretor da PM.
Os oficiais, então, teriam abordado os secretários e os alertado sobre uma operação da qual seriam alvos. O governador narra no documento que os militares foram acionados pelo coronel Jorge Catarino de Moraes, encarregado do Inquérito que apura a prática de interceptações telefônicas clandestinas, para uma operação com mandados de busca e apreensão e de prisão, cujos alvos seriam a Casa Militar e e as residências dos servidores da pasta.
Os policias disseram que estavam somente esperando a deliberação do Tribunal para cumprirem a terefa.
Após a saída dos militares, os três secretários estiveram com Taques e relataram o fato. “Por não compactuar com vazamentos de informações sigilosas, quebra de segredo de justiça e cometimento de crimes, pois, no mínimo, e, em tese, o corregedor e o oficial cometeram os delitos de quebra de sigilo de informações”, afirmou o governador no documento.
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