O advogado Zaid Arbid rebateu as declarações do governador Pedro Taques (PSDB) de que quando soube da modificação da ata avisou a Justiça Eleitoral do engano e de que o empresário Paulo Fiúza era para ter sido o primeiro suplente, quando ele se elegeu senador, e não o policial rodoviário federal José Medeiros (Podemos), atualmente no cargo. Para o advogado de Medeiros, não houve fraude na ata e defendeu que o advogado Paulo Taques, primo do governador, merece todo crédito.
Alan Cosme/HiperNoticias
Advogado criticou postura do governador Pedro Taques
“Ele fica procurando cortinas de fumaça para ficar desviando o foco. O governador Pedro Taques tem uma preocupação maior, que é a grampolândia, tem assessoria dele com o primeiro escalão comprometida, ele é a pessoa menos recomendada para ter crédito nas declarações. Com todas as restrições ao governador Pedro Taques, que a mim não merece crédito, Paulo Taques merece todo o meu respeito. Pedro Taques virou político e hoje ele tem o sabor da derrota, ele tem o sabor amargo da má gestão dele. As urnas dirão isso, as urnas darão resposta a ele. Ele não entende de ata e nem de fraude, ele entende muito é de grampolândia”, disparou o advogado, que também tem entre os seus clientes, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
O advogado, que conseguiu reverter no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cassou o mandato do senador José Medeiros, disse que “interesses ribeirinhos” do agronegócio foram responsáveis pelo oportunismo de tentar substituir a ata, quando perceberam que Taques, que começou a campanha com 2% das intenções de voto na campanha de 2010, conseguiu uma performance meteórica aos 15 dias das votações.
“Eu não creio em fraude, creio em oportunismo. Não acredito que essa ata foi confeccionada, foi elaborada por uma pessoa de todo respeito como Paulo Taques e depois disso, houve interesses ribeirinhos do agronegócio que tentou substituir Jose Medeiros por outra pessoa por outra composição”.
Forças ocultas
De acordo com a minirreforma eleitoral de 2015, todos os recursos interpostos contra cassação de mandatos, os efeitos suspensivos são automáticos, ou seja, quando se profere o acórdão, e ele é publicado, é interposto o recurso e nada se executa desse acórdão enquanto ele não for apreciado em instância superior.
O que o advogado mais estranhou foi a velocidade do julgamento da ação, que ficou parada por oito anos, mas que em um dia cassou, diplomou o segundo suplente e foi expedido ofício ao Senado Federal.
“Como um acórdão publicado dia 08 (de agosto), um recurso interposto dia 8, e no mesmo dia 8 você diploma o candidato e expede ofício ao Senado, só pode existir forças ocultas. Especificamente era para prejudicar o senador José Medeiros, mas daí quem são os beneficiados o leque é muito longo. Não tem sequer a explicação do voto que fatiou uma chapa, que é una, e prejudicou apenas uma pessoa”.
O senador José Medeiros também suspeita de interferência na Justiça Eleitoral de Mato Grosso com intuito de prejudica-lo. “Não sei de quem houve a interferência, mas as forças foram fora de condições normais de pressão e temperatura. Houve interferência total no processo eleitoral. Vocês viram Sachetti buscando vaga de senador com Taques, com Mauro. O Fávaro também buscando espaço nas chapas majoritárias. Com o processo de cassação, você perde forças. Houve interferência externa no processo”, assegurou o senador.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
