O juiz Ricardo Frazão Menegute, da Vara Única de Colniza (distante 1.065 km de Cuiabá), determinou que os três homens, suspeitos de terem assassinado o prefeito Esvandir Antonio Mendes, de 61 anos, na sexta-feira (15), fossem transferidos para a Cadeia Pública de Juína (740 km de Cuiabá). Eles estavam aguardam o andamento do processo na cidade onde ocorreu o crime, porém, por medidas de segurança o magistrado determinou o recambiamento dos detidos .
Gcom
Os homens que foram identificados como, Antônio Pereira Rodrigues Neto, Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva, foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ainda na decisão, o magistrado converteu a prisão em flagrante dos suspeitos em preventiva.
“No local ocorreu uma tentativa de fuga há menos de um mês, aliada à repercussão nacional dada ao fato, a referida unidade prisional não comporta o recebimento dos presentes custodiados. Assim sendo, por razões de segurança, determino a remoção dos custodiados à Comarca de Juína”, afirmou o juiz na decisão.
O crime
Os criminosos foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km de Cuiabá), respectivamente. Eles fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados, cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional da Polícia Civil de Juína, que desde o crime, no começo da noite de sexta-feira (15), auxilia as investigações.
Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
Segundo o delegado, Caio Fernando Álvares de Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, o dinheiro encontrado no carro pertence ao suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto, que é empresário em Colniza do ramo de rede de combustível e táxi aéreo. "Dois deles confessam e Antônio permaneceu em silêncio, disse.
De acordo com os presos, foram usadas quatro armas de fogo no crime, mas somente um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontrados dentro de uma bolsa deixada no mato, pela Polícia Militar. As armas estavam cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa. Duas pistolas, que segundo as informações levantadas, também foram usadas, teriam sido jogadas dentro de um rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para efetuar buscas a fim de localizá-las.
As armas passarão por perícia na Perícia Oficial Técnica de Identificação (Politec) e o veículo dos criminosos foi periciado no sábado (16).
O suspeito Antônio Pereira Rodrigues Neto é morador de Colniza e arregimentou os dois comparsas oriundos do Pará para o crime. Antonio é apontado como o mandante e também participou da execução do prefeito.
O delegado Edison Pick, coordenou a parte operacional dos trabalhos que culminaram na prisão dos autores.
O crime
O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
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