Cerca de 40 pessoas possivelmente armadas invadiram o garimpo ilegal da Serra da Caldeirão e atiraram em um segurança do local na noite do último sábado (31), na cidade de Pontes de Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá).
PM-MT
De acordo com informações da Polícia Militar, aproximadamente 40 pessoas foram ao local e começaram a trocar tiros com os seguranças do garimpo.
Durante o tiroteio, um dos vigilantes foi ferido pelo grupo. Em seguida, os invasores incendiaram um carro da empresa de segurança. Os vigilantes fugiram a pé do local.
A Polícia Militar foi até a serra para tentar entrar em acordo com o bando, mas os militares não conseguiram negociar com invasores.
Foram acionados 16 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), oito policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para tentar tirar as pessoas do garimpo.
O segurança baleado não foi identificado e foi encaminhado ao Hospital Municipal da cidade. No entanto, ele não corre risco de morte.
Garimpo Serra do Caldeirão
O garimpo da Serra do Caldeirão chegou a ser considerado o mais famoso do Brasil em 2015. O espaço foi descoberto no final do mês de agosto de 2015, mas só ficou conhecido nacionalmente no começo de outubro. O local fica na zona rural de Pontes e Lacerda;
Por dia, segundo estatísticas da própria da polícia do município, passavam cerca de 5 mil pessoas, entre garimpeiros e curiosos. Por causa do boato de ouro fácil, pessoas de todos os cantos do país fizeram dívidas, deixaram a família e partiram para o município em busca da riqueza.
Passados dois meses da instalação do garimpo na Serra do Caldeirão, o juiz federal Francisco Antônio de Moura decidiu acatar denúncia do Ministério Público Federal e mandou fechar o garimpo e apreender qualquer material que fosse encontrado e prender quem estivesse com ouro.
Temendo uma ação de confronto, os garimpeiros desceram da serra e começaram a escavar no pasto da fazenda. Isso não durou muito, pois uma ação da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal removeu todos dos locais.
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