O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) se comprometeu a devolver cerca de R$ 250 milhões aos cofres públicos. Esse era um dos pontos que estavam travando o termo de colaboração premiada desde o mês passado junto ao Ministério Público Estadual e Federal. Outro ponto definido é que o peemedebista confessou sua participação nos esquemas revelados pela Operação Sodoma e Seven.
A confissão será declarada à juíza Selma Arruda durante oitiva marcada para o dia 16 de maio. A expectativa é que no mesmo dia o ex-chefe do Executivo Mato-Grossense consiga reverter as suas cinco prisões preventivas em prisão domiciliar.
O entendimento ocorreu após Silval ter realizado diversos depoimentos a promotora de justiça Ana Cristina Bardusco Silva, que atualmente coordena o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) no Estado e que foi responsável pelas informações que culminaram da deflagração da Sodoma em 2015.
Preso desde setembro de 2015, Silval deve reverter as suas prisões preventivas para uma prisão domiciliar e algumas restrições com tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e apresentação quinzenal junto ao MPE.
O acordo dos benefícios se assemelham aos de outros investigados e delatores da Operação Lava Jato conseguiram. O doleiro Alberto Youssef, conseguiu o benefício da prisão domiciliar após dois anos e sete meses de prisão preventiva. Assim como Alberto Youssef na Lava Jato, Silval Barbosa é considerado peça central das investigações das Operações Sodoma e Seven.
Silval Barbosa (PMDB) também revelou em um dos seus depoimentos que todos os recursos que foram levantados através de desvios e irregularidades para pagamentos a empresários e dívidas de campanha, já haviam sido firmados antes de sua gestão como governador, e que apenas cumpriu o que “herdado”.
Essa parte deverá ser analisada pelo Ministério Público Federal (MPF), devido ao foro privilegiado do ex-governador do Estado e atual ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).
Provas
Os vídeos e áudios que o ex-governador Silval Barbosa (PDMB) estará disponibilizando ao Ministério Público Estadual e Federal (MPE-MPF), foram gravados a partir de fevereiro de 2014, dez meses antes de terminar a sua gestão à frente do governo do Estado. Silval gravou encontros em seu gabinete no Palácio Paiaguás e em outros locais onde se reuniu com agentes públicos e empresários.
As gravações se intensificaram ainda mais quando se aproximou a campanha de 2014 (maio) e pós-eleição (Novembro de 2014).
O amplo material comprovaria tudo o que o ex-chefe do Executivo Mato-Grossense vem declarando em seus depoimentos nos últimos dois meses na tentativa de firmar o seu acordo de colaboração premiada que estava dependendo apenas do valor que o ex-governador devolveria aos cofres públicos.
Durante os depoimentos junto ao MPF e MPE, também foram revelados outros episódios nada republicanos, durante o período que Silval era vice-governador e governador do Estado (2007-2014). A relação entre o Executivo e o Legislativo, obras da Copa, programas federais e pagamento de empreiteiras também foram citados.
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Carlos Nunes 22/04/2017
Aproveita e pergunta pro Silval sobre o VLT...pra essa novela ficar animada; já tá chata pra burro. Não sei não...vão torrar quase 1 Bilhão de reais; véspera de ano eleitoral, com eleição pra governador, 2 senadores, deputados federal e estadual...a gente escuta as lições sobre a Corrupção, e fica apavorado. Não dá mais pra confiar em ninguém. Já capazes até de destruir provas...pra depois falar que é o cara mais honesto do país. O Relatório da CPI quer saber o que fizeram com R$ 300 Milhões de reais de dinheiro do VLT. Precisa saber o que vão fazer com os quase 1 Bilhão que pretendem torrar agora no VLT. Esse é o perigo pra MT...não vão querer ganhar eleição com o dinheiro do VLT, ou vão? Segundo os delatores não há inocentes nessa estória...só há tolos que ainda acredita nessas turmas. A gente não sabe mais quem é quem. Quando a gente acredita que um cara é honesto...aparece um delator premiado que aponta: Esse? Pegava propina também, era nosso freguês. Vote!
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