A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apreendeu, na última semana, dois equipamentos utilizados por quadrilha “ostentação” de assalto a banco para interceptar os sistema de segurança de bancos e facilitar a ação dos criminosos.
Alan Cosme/hiperNoticas
O grupo agia em todo o país e estava planejando roubos na cidade no Rio de Janeiro, conforme informou o delegado da GCCO, Diogo Santana. “Esses equipamentos foram apreendidos na área de bagagem despachada da empresa Azul. Eles tinham mandado de Cuiabá para o Rio onde provavelmente agiriam contra alguma agência”, disse o delegado.
Os citados equipamentos se assemelham a caixas de som e uma vez ligados eles interrompem todo o sinal do sistema de segurança das unidades bancárias. Os alarmes não funcionam e nem as câmeras de segurança.
Para aturar em Poconé, por exemplo, a quadrilha instalou o equipamento na sexta-feira a noite, quebraram o muro da agência e entraram na madrugada no banco. Por lá ficaram até domingo a noite. Serraram os cofres e os caixas, roubaram mais de R$ 2 milhões e fugiram sem serem identificados.
Os policiais apreenderam os equipamentos após a prisão dos acusados de compor a quadrilha Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas, conhecido como “Gordão”, e Jurandir Benedito da Silva, o “Jura”, que estavam no Rio de Janeiro e receberiam o material.
Os suspeitos foram surpreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, na cidade de Volta Redonda (RJ).
Membros da quadrilha foram presos na deflagração da Operação Luxus, no dia 5 de maio.
Foram detidos Marcos Vinicius Fraga Soares, 32 anos, conhecido por Pato, Gilberto Silva Brasil, 35 anos, Cleyton César Ferreira de Arruda, 31 anos, Thassina Cristina de Oliveira, 31 anos, Junior Alves Vieira, 30 anos, Augusto Cesar Ribeiro Macaubas (Gordão), Jurandir Benedito da Silva (Jura), Diego Silva dos Santos, Hian Vitor Oliveira Cavalcante, Kaio da Silva Nunes Teixeira, Robson Antonio da Silva Passos, Elvis Elismar de Arruda Figueiredo, Julyender Batista Borges (Juju ou Gera), Emanuel da Silva Souza, Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, Marcelo Alberto dos Santos e Dainey Aparecido da Costa (Playboy ou Dar).
Ação dos criminosos
Para entrar nos bancos, da capital e do interior, os bandidos faziam o levantamento de pontos vulneráveis da agência, escolhiam dias e horários com pouco movimento de pessoas nas ruas, como os finais de semana e feriados.
Eles promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme com uso de bloqueadores de sinal, ainda desligavam câmeras e assim trabalhavam tranquilamente na abertura de caixas eletrônicos e dos cofres instalados dentro das agências, de onde retiravam grandes somas de valores.
Além da destruição das instalações físicas, e grande prejuízo financeiro às instituições financeiras, a população também foi prejudicada com o fechamento das agências bancárias, que permaneceram com as portas trancadas por dias até o reparo dos danos prediais e o retorno dos serviços bancários aos moradores, como ocorreu na cidade de Poconé (104 km ao Sul), num dos furtos registrados ao Banco do Brasil, ocorrido em 5 de fevereiro de 2017.
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