A Polícia Federal e as Forças de Segurança Pública de Mato Grosso fizeram um pacto e irão criar um grupo de investigação e repreensão na luta contra as organizações criminosas que se instalaram em Mato Grosso. O foco principal do trabalho é mapear, identificar e prender os líderes e membros desses grupos que têm cometido diversos crimes no Estado. A informação foi repassada pelo delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Ricardo Ruiz, durante coletiva à imprensa, nesta terça-feira (24).
Alan Cosme
Trabalho foi detalhado em coletiva à imprensa nesta terça
No dia 18 de abril, criminosos explodiram o muro da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), durante a madrugada, no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá. Dois suspeitos em uma motocicleta teriam sido os responsáveis pelo crime, e não bastasse a ousadia, ainda picharam a sigla da facção criminosa CVMT (Comando Vermelho) no muro. Com o impacto da explosão, 14 janelas do prédio foram quebradas.
“Será criado um grupo específico entre policiais federais e civis, inicialmente, para comandar as investigações na atuação da Polícia Judiciária, contando com o apoio operacional, da inteligência da Polícia Militar e do sistema penitenciário”, explicou o delegado Ruiz.
O agente ainda explicou que esse trabalho em conjunto está sendo realizado em diversos estados da Federação e que as instituições de Segurança deverão trocar informações para combater o crime organizado.
Alan Cosme - HiperNotícias
Delegado Ricardo Ruiz explicou sobre a atuação de integração entre PF e PJC
“Todo esse trabalho de integração relacionado contra facção criminosa, no âmbito da Polícia Federal, nós estamos iniciando em questão de investigação e também com os demais órgãos da Secretaria de Segurança Pública se relaciona a inteligência, o apoio operacional. Então nós vamos fazer um mapeamento de todo o Estado e começar isso com as informações que nós temos no âmbito nacional. Existem várias forças funcionando no país com integração da Polícia Federal com os outros órgãos e aqui vai ser feita da mesma forma”, explicou o delegado Ruiz aos jornalistas.
Conforme o delegado, atualmente o trabalho da Polícia Federal visa combater principalmente a corrupção e o crime organizado.
"Hoje um dos principais nortes da nossa atuação é o combate as facções criminosas. Hoje a Polícia Federal tem como foco a corrupção e as facções criminosas e vamos pra cima desses dados para poder inibir esse tipo de crime por aqui”, explicou.
Para concluir, Ruiz disse que esse trabalho deverá ser divulgado oficialmente nos próximos dias e que ainda não foi decidido quantos policiais federais e civis participarão da ação integrada.
“Esse trabalho conjunto deve se estender por todo o país. É uma orientação da nossa direção geral. Esse trabalho se iniciou na fronteira. Aqui na Capital de Mato Grosso, o foco é ter policiais federais e civis dentro de uma mesma base para combater as organizações criminosas. A nossa ideia é trabalhar com material humano e tecnológico dentro do mesmo ambiente. No entanto, ainda não temos o número de policiais que atuarão no trabalho”, concluiu.
Operação Panóptico
Três pessoas foram pelam Polícia Civil durante a Operação Panóptico, nesta terça-feira (24). A ação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, em continuidade ao trabalho de repressão a facções criminosas. Participam a Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Polícia Militar (PM-MT) e Polícia Federal (PF), sob a coordenação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).
Caio Afonso Aparecido da Silva Soares, de 22 anos, foi preso por associação criminosa, e o aparelho celular foi apreendido contendo imagens e grupos do Comando Vermelho. Marcos da Silva Marques, de 37 anos, também foi preso em flagrante com uso de documento falso, e também tinha mandado de prisão em aberto por roubo. Uma mulher, M.E.P.S., de 26 anos, que tinha mandado em aberto, também foi presa.
As ordens foram expedidas pela 7ª Vara do Crime Organizado, em atendimento ao pedido da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para buscas e apreensões de materiais probatórios. O objetivo é fortalecer investigações desenvolvidas na unidade, referentes a atuação de integrantes de organização criminosa, liderados por faccionados recolhidos em unidades prisionais de Mato Grosso. “A operação é fundamental para a coleta de dados, que serão tratados durante a investigação e que resultarão em desdobramentos importantes para o combate a estas facções”, explicou o delegado titular da GCCO, Diogo Santana.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
