Os casos de latrocínio – roubo seguido de morte - tiveram um aumento de 8% em Mato Grosso. Os dados são referentes ao ano de 2016 e foram divulgados na última segunda-feira (30), na 11ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao todo, 64 pessoas foram assassinadas para que os criminosos pudessem levar algum tipo de objeto da vítima, seja carro, dinheiro, revólver, e até mesmo celular. Já no ano de 2015, foram 59 crimes dessa natureza.
Divulgação/PJC
As investigações para o roubo seguido de morte apontam que, na maioria dos casos, as vítimas reagem e morrem. No ranking nacional, o estado ficou na 12ª posição, atrás de São Paulo (361), Rio de Janeiro (239), Rio Grande do Sul (233), Pará (224), Goiás (186), Pernambuco (169), Maranhão (113), Paraná (111), Amazonas (93), Minas Gerais (92) e Ceará (88).
Já em relação aos estados do Centro-Oeste, Mato Grosso fica em segundo lugar. O estado de Goiás lidera o ranking com 122 casos a mais que Mato Grosso. Em terceiro vem Distrito Federal com 42 pessoas assassinadas e por último o estado de Mato Grosso do Sul com um caso a menos.
A delegada Luciane Barros, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), conta que, às vezes, uma pequena reação da vítima pode ser fatal.
“O mínimo de reação que a vítima esboça, já desencadeia uma reação rápida do criminoso e pode ser fatal para a vítima. Por isso, sempre é importante entregar tudo que temos para evitar qualquer tipo de ação do assaltante”, opinou a delegada.
CASOS REGISTRADOS
Em Cuiabá, o mês de março foi a época em que mais se registrou crimes do tipo. Uma das vítimas é o comerciante Antônio Holanda Mendes, de 55 anos, que foi morto no dia 23 de março no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. Duas pessoas foram presas suspeitas de cometer o crime. Antônio foi morto ao chegar em casa.
Outra vítima de latrocínio foi um segurança de um hotel em Cuiabá. Cícero Félix da Silva, de 41 anos, foi baleado e teve a arma roubada na porta do estabelecimento, localizado na avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), no dia 10 de fevereiro. Ele foi internado no Pronto-Socorro da cidade, mas morreu uma semana depois. Dois suspeitos foram presos.
Um sargento da Polícia Militar, Danilo Neves Ramires, de 51 anos, também faz parte das vítimas de latrocínio: ele foi morto no dia 17 de abril. O PM estava à paisana em frente a um supermercado do bairro CPA 3, quando foi abordado por três assaltantes.
O militar teve a arma roubada e se deitou no chão a mando dos criminosos. Nesse momento, ele foi atingido por três tiros, sendo dois na cabeça e um no braço. Dois criminosos foram presos e autuados por latrocínio e associação criminosa.
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