“A gente tentou alertar ela, mas não teve jeito. Ela chegou a registrar queixa contra ele, mas acabou retirando e aconteceu isso”, lembra Marcelo Martins, padrasto de Geisiane Buriola da Silva que teve as mãos amputadas após sofrer agressão do companheiro na casa do casal, em Campo Novo do Parecis, no último dia 10.
A jovem está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Benedito e é acompanhada pelo padrasto que veio de Campo Novo para Cuiabá, onde passa o dia no hospital a espera de notícias sobre a enteada e vai para uma das casas de abrigo para tomar banho e dormir.
O homem é o único provedor de renda da família e está impossibilitado de trabalhar porque acompanha a paciente. Sem alternativas para angariar recursos para a compra dos matérias necessários para atender às necessidades da moça no hospital a família faz um apelo a população para que os ajude a passar por este momento difícil.
A mãe de Geisiane, Maria Buriola da Silva, cuida dos dois netos e de um adolescente de 16 anos. Em entrevista ela afirma que não tem condições de trabalhar. A renda da casa vinha do marido que trabalha como chapeiro, mas que está sem trabalho desde de que a enteada veio para Cuiabá.
“Os médicos disseram que vão fazer um procedimento para ver se ela consegue respirar sem aparelhos. A gente está na expectativa para que ele se recupere logo, mas os médicos já falaram que a melhora é lenta, pois são muitas lesões”, conta Marcelo.
A mãe da paciente relatou que cuida dos filhos de Geisiane desde que a filha foi morar com o suspeito. O homem não gosta das crianças, como contou a mãe.
Segundo ela o homem tem passagens pela polícia e não tinha muito contato com a família da companheira. Ele tem histórico de violência e já agrediu a moça anteriormente.
A mãe relatou, em entrevista ao Portal Campo Novo, que no dia do crime, vizinhos socorreram a mulher que estava muito ferida. “Não tem um lugar no corpo dela que não tem corte. Os vizinhos contaram que tinha um corte na barriga que dava para ver os órgãos. Ele juntou a mãozinha e colocou numa sacola. A outra ainda estava pendurada em um pedaço de pele. O vizinho pegou uma toalha e enfaixou ela para que não saísse ainda mais sangue”, conta emocionada a senhora Maria.
O companheiro da vítima foi espancado pela população após o crime e entregue para a polícia de Campo Novo, que investiga o espancamento seguido de tentativa de homicídio.
“Eu peço a Deus que ela se recupere logo. Ela não pode morrer. Ela tem dois filhos”, diz a mãe da jovem.
Quem quiser fazer doações para ajudar a família pode fazer os depósitos na conta poupança do banco Bradesco, agência 2558-5, conta poupança 1002701-2 em nome de Maria Regina Buriola.
Veja entrevista:
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