Condenado a mais de 30 anos de prisão por ter estuprado e matado uma criança de seis anos de idade no ano de 2001, e ser considerado como um dos homens mais procurados do Brasil, o empresário Santo Martinello morreu na cidade de Hernandarias, no Paraguai, devido a um câncer maligno, no mês de janeiro, porém a confirmação, pela Polícia Federal do Paraguai, ocorreu no último domingo (13).
Segundo a Polícia Federal, o empresário foi encontrado pela esposa dentro de sua residência. Ao ver o corpo do marido, rapidamente ela acionou as autoridades do país.
O empresário era procurado pela Interpol, após ser condenado pelos crimes de estupro, seguido de homicídio de Alexia Lodi, de 6 anos, na cidade de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá) no ano de 2001. A menina era filha de funcionários de uma fazenda do empresário.
Santo Martinello foi incluído na lista de procurados da Interpol no ano de 2006. Ele foi acusado, pelo Ministério Público (MP), de violentar sexualmente e asfixiar a garota. O Poder Judiciário tentou por mais de 16 anos encontra-lo, no entanto nunca descobriu o seu paradeiro.
Em 2015, mesmo estando foragido, o empresário foi julgado e condenado em júri popular no dia 10 de novembro. Na ocasião o juiz criminal, Hugo José de Freitas, leu a sentença de 31 anos e cinco meses, sendo 22 anos e oito meses por homicídio qualificado, sete anos e seis meses por estupro e um ano e três meses por violentar a vítima após a morte.
O delegado Flávio Stringueta, na época titular da delegacia de Lucas do Rio Verde, tentou por várias vezes capturar o assassino Santo Martinello. Questionado sobre a índole do procurado, Stringueta resumiu ao HiperNotícias.
Leia a baixo a descrição do delegado.
"Santo Martinelo era um comerciante na cidade de Lucas do Rio Verde. Dono de uma churrascaria. Era de uma família tradicional de lá. Seus parentes também eram comerciantes, donos de hotéis e lojas.
Em 12/06/2001, ele estuprou e matou uma menina de 6 anos, de nome Alexia. Essa menina morava na chácara dele com a mãe, que estava trabalhando na hora do crime. A investigação foi feita pela delegada Fátima Moggi, e concluiu, sem sombra de dúvidas, que ele era o autor.
Ele foi preso, mas o Juiz da época, Dr. Luiz Otávio Pereira Marques, acabou concedendo liberdade provisória alguns meses depois, creio que em fevereiro de 2002.
Menos de 1 semana depois a decisão dele foi reformada, mas o Santo nunca mais foi localizado. Ele foi condenado, à revelia, a mais de 30 anos de prisão.
Eu, como cheguei em Lucas do Rio Verde só em dezembro de 2001, não participei das investigações do caso, mas nunca deixei de tentar capturá-lo.
Toda e qualquer informação sobre o paradeiro dele, por mais improvável que fosse, eu e meus agentes apurávamos.
Para mim fica uma sensação de frustração, pois eu tinha convicção que algum dia ainda o encontraria. Parecia ser uma questão de honra.
Mas, infelizmente, Deus quis que fosse dessa forma. Sua pena aqui na terra não será paga".
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carlos alberto 18/08/2017
Não pagou sua pena aqui mais que esse pulha esteja queimando no inferno, não só a dele mais de todos aquele que o protegeram e ainda não foram se encontra com esse pulha
1 comentários