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Polícia Sábado, 11 de Agosto de 2018, 08:00 - A | A

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Sábado, 11 de Agosto de 2018, 08h:00 - A | A

OPERAÇÃO RED MONEY

Líderes do Comando Vermelho cobravam mensalidade de R$ 120 para dar "segurança" a comércios

LUIS VINICIUS

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) referentes a “Operação Red Money” deflagrada na quarta-feira (8), apontaram que os líderes da maior facção criminosa de Mato Grosso, Comando Vermelho (CVMT), tinham um controle de grande parte dos crimes cometidos na região sul do estado. Essas lideranças ordenavam, de dentro dos presídios mato-grossenses, diferentes tipos de crimes e mandavam que os faccionados em liberdade cobrassem uma mensalidade de comerciantes para dar uma "fantasiosa" sensação de segurança na região.

 

PJC

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 A Operação Red Money foi deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)

Durante os trabalhos de apuração, os policiais identificaram que esses criminosos cobravam a chamada “Taxa de Segurança” no valor de R$ 120 para “impedir” que esses estabelecimentos fossem roubados. Funcionava da seguinte forma: os bandidos roubavam diversas vezes um estabelecimento e depois se dirigiam até o proprietário para oferecer a "segurança". Eles afirmavam que o local não seria mais alvo de bandidos. Ou seja, as vítimas pagavam valores ao faccionados para que os defendessem deles mesmo. Um tipo de crime semelhante a atuação da milícia do Rio de Janeiro.

 

“Na região sul do estado, mais precisamente em Rondonópolis, nós conseguimos identificar uma das fontes de arrecadação do Comando Vermelho. Os criminosos se dirigiam até os comerciantes e ofereciam a eles uma suposta segurança. Na verdade, era uma ilusão de segurança que o comércio deles não seriam mais assaltados. Antes dessa colaboração, dessa taxa de pagamento, os próprios membros da facção criminosa iam nesses comércios para assaltar. Geralmente eles iam em locais que já foram invadidos diversas vezes, pois o dono já estava ‘cansado’ de ser assaltado e, por isso, era mais fácil para ele cooperar. Isso na verdade, a gente trata como extorsão”, disse o delegado da Polícia Civil, Gustavo Belão durante entrevista coletiva.

 

A autoridade explicou, ainda, que caso o comerciante decidisse por não pagar, o estabelecimento era alvo de assalto por diversas vezes. Com isso, os proprietários se viam sem saída e decidiam “colaborar” com a falsa segurança feita pelos criminosos.

 

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 Delegado Gustavo Belão 

“Caso o comerciante não pagasse essa taxa, que girava em torno de R$ 120 por mês, aquele estabelecimento era assaltado, alvo dos criminosos sistematicamente. Por isso, nós identificamos a forma de atuação dessa facção. O valor era fixo, não importava o tamanho do estabelecimento”, explicou Belão aos jornalistas.

 

Operação Red Money

 

Todas informações foram colhidas durante as investigações da “Operação Red Money”. Deflagrada na quarta-feira (8), a operação teve o intuito de apreender o patrimônio e descapitalizar o “financeiro” do Comando Vermelho. De acordo com a investigação, a organização desenvolveu um sistema de arrecadação financeira próprio, criando assim um grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro, com utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros e parentes de presos.  

 

Além da taxa de segurança, os agentes descobriram que haviam outros dois “recursos” para a arrecadação de dinheiro para a facção criminosa. O cadastramento de novos faccionados e o pagamento de mensalidades por traficantes para a instalação de bocas de fumo também era uma outra maneira dos criminosos angariarem dinheiro para a facção.

 

A operação cumpriu 94 mandados de prisão. Sob a coordenação Diretoria de Inteligência e da GCCO, a Justiça expediu mais de 230 ordens judiciais. Além das prisões preventivas, sendo 59 buscas e apreensão, 80 ordens judiciais de bloqueios de contas correntes, além de sequestro de bens (veículos, joias, imóveis urbanos e rurais) e valores.

 

No período de um ano e meio (01/06/2016 a 18/01/2018), entre entradas e saídas de 44 contas investigadas na operação, foram identificados movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.

 

 

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