O delegado Marcos Lyra, titular da delegacia de Polícia Civil de Apiacás (distante 956 km de Cuiabá) disse que as investigações sobre a morte do jovem Reginaldo Oliveira, 26 anos, estão um pouco nebulosas, tendo em vista que a possível causa de seu falecimento pode não ter sido uma pizza envenenada, mas sim outro alimento.
O rapaz morreu no mês de março depois de comer pizza, sorvete e beber refrigerante juntamente com sua esposa Josiele Lopes Lima,23 e o irmão da mulher. A polícia não descarta, inclusive, a possibilidade de suicídio e também que a substância tóxica consumida não estivesse na pizza, como foi tratado a princípio, mas sim no sorvete ingerido. Laudos com a análise dos produtos encontrados na casa devem ficar prontos em duas semanas.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Conforme o delegado, a esposa da vítima e irmão já foram ouvidos assim como todas as pessoas que pudessem dar pistas que revelassem o que levou o jovem à morte no dia 15 de março, na residência do casal.
Agora o policial aguarda o resultado do laudo pericial realizado nos alimentos consumidos pelo casal e que estão sendo analisados pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) de Cuiabá. Os exames devem ficar prontos em duas semanas e serão decisivos para elucidar se houve envenenamento como é cogitado à principio.
“O laudo da necropsia da vítima apontou que ele morreu por asfixia causada pelo vômito. A gente já sabe que houve o vômito e que ele desmaiou, mas agora precisamos saber o que causou essas reações”, disse o delegado.
O policial ainda afirma que a possibilidade de uma intoxicação alimentar está descartada pela rapidez com que o rapaz morreu. “Uma intoxicação por mais grave não teria consequências tão trágicas em menos de 48 horas”, aponta.
Além de Reginaldo, a esposa também passou mal após a ingestão dos alimentos e ficou internada alguns dias. Os exames de sangue de ambos também não foram conclusivos.
Apesar de ter sido apontado o possível envenenamento da pizza, o delegado afirma que a sustância que acarretou na internação do casal pode estar no sorvete. “No dia a mulher disse que os três tinham saído e que quando retornaram ela não queria cozinhar, então pediram uma pizza. Já tinham um refrigerante e sorvete em casa. Mas o irmão da mulher foi o único que não consumiu o sorvete e também só ele não passou mal. Pode ser que o sorvete tenha causado a morte do rapaz”, ressalta Marcos Lyra.
Além dos alimentos e amostras de sangue também foi encaminhado para a perícia um frasco encontrado no bolso de Reginaldo, semelhante a colírio.
Segundo o delegado a substância já estaria nos alimentos ou foi colocada por uma terceira pessoa que tivesse acesso à casa. Nas investigações não é descartado suicídio embora pessoas próximas a Reginaldo narraram que ele não tinha histórico de depressão ou qualquer outro motivo que o levasse a tirar a vida, assim como não mencionaram qualquer desavença que justificasse o homicídio.
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