A diretoria da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou à reportagem do HiperNotícias que o laudo de necropsia da esteticista, Edileia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, morta após complicações por conta das cirurgias plásticas, deverá ser concluído até o fim do mês de junho. A cirurgia foi realizada por meio do programa “Plástica para Todos”, no Hspital Militar, que não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A cuiabana realizou a cirurgia de “redução de seios” e “lipoescultura”, no dia 10 de maio. A mulher começou a passar mal cerca de três horas após o procedimento e, logo depois, foi encaminhada ao Hospital Sotrauma, também na Capital.
Ela foi transferida no início da noite de sexta-feira (11), depois de ter sido medicada. No entanto, sofreu várias paradas cardíacas e paralisia cerebral. A paciente morreu na tarde de domingo (13).
Após a morte, o corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames para atestarem a causa da morte. No entanto, de acordo com Rondon, os peritos que atenderam o caso solicitaram os prontuários do Hospital Militar e do hospital Sotrauma a conclusão do laudo.
“No momento, nós estamos sem previsão para a entrega do exame. Mas, vamos trabalhar com mais uns 15 dias e no máximo no fim do mês”, disse o diretor metrolitano de medicina legal, João Marcos Rondon, ao HiperNotícias.
Após a morte de Edileia, a coordenadoria do Hospital Militar suspendeu por tempo indeterminado os atendimentos do programa “Plástica pra Todos”. A decisão foi tomada pelos próprios diretores da unidade de saúde. O registro foi assinado no dia 14 de maio e os diretores explicaram que a suspensão aconteceu para que o hospital ficasse totalmente à disposição das forças policiais para que a morte da esteticista pudesse ser investigada. Na época, a unidade deixou claro que a interrupção dos atendimentos não era atribuída a erro médico, pois ainda não foi confirmada a verdadeira causa do falecimento de Edileia.
No entanto, oito dias depois da suspensão, a unidade de saúde voltou a locar o seu centro cirúrgico para o programa “Plástica pra Todos”, que atualmente é investigada por ter intermediado duas cirurgias plásticas de Edléia. A equipe responsável pelos procedimentos da cuiabana continua afastada. O grupo é liderado pelo cirurgião plástico Eduardo Montoro e conta com um assistente, um anestesista, além da equipe de apoio composta, por um enfermeiro, um circulante e um instrumentador.
Programa
O “Plástica para Todos” é apresentado como um programa de baixo custo para as pessoas que desejam fazer procedimentos estéticos. As cirurgias podem ser pagas em até 24 vezes no boleto e 12 vezes no cartão crédito ou crediário.
O projeto é constituído por uma equipe de 22 cirurgiões plásticos e membros da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), sendo dois cirurgiões geral especialistas em procedimentos bariátricos, dois dermatologistas, um otorrino especialista em cirurgias e duas nutricionistas.
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