A Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) confirmou que 37,5% dos casos investigados como sendo do jogo suicida conhecido como “Baleia Azul”, em Cuiabá, são, na verdade, trotes. De acordo com a Polícia Civil, oito casos estão sendo investigados pela gerência e foi constatado que três deles se tratavam apenas de "brincadeira" de alguns adolescentes que eram suspeitos de participarem do jogo suicida.
Pexels/Pixabay
O jogo é uma iniciativa de criminosos que usam as redes sociais para impor desafios macabros a crianças e a adolescentes. Um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe uma sequência de missões que envolvem isolamento social, automutilação e suicídio. Ao menos 25 casos são investigados em Mato Grosso, sendo que pelo menos um terminou em morte.
“Nós da delegacia estamos investigando oito casos da Baleia Azul e durante as investigações nós chegamos à conclusão que três deles não passavam de brincadeira dos adolescentes. Muitas das pessoas olham a divulgação dos casos e usa para fazer alguma brincadeira e chamar atenção. Por isso, nós temos que ter o maior cuidado com as investigações”, disse o delegado da Gecat, Eduardo Botelho.
Segundo a Polícia Civil, em um dos casos investigados foi constatado que uma criança possuía três grupos de Whatsapp de jogos suicida. O delegado afirma que apesar de não ter nenhum caso confirmado é preciso que esses adolescentes que participam de grupos suicidas procurem um tratamento psicológico.
“Ainda não temos nenhum caso confirmado em Mato Grosso. No entanto, percebemos que alguns casos, os adolescentes investigados participam de jogos suicidas. Eles têm que procurar um psicólogo para se tratarem . É muito sério isso”, concluiu o delegado.
INTERPOL
Na semana passada, a Organização Internacional de Polícia (Interpol) solicitou à Gecat, dados de inquéritos que investigam casos da Baleia Azul.
Rádio Eldorado
Adolescente de 16 anos foi encontrada morta em Vila Rica; suspeita-se que ela foi vítima do jogo Baleia Azul
Os dados foram solicitados para que a Interpol possa acompanhar as investigações dos casos do jogo suicida no Estado.
“A Interpol por meio da Polícia Federal solicitou os dados para que pudessem acompanhar as denúncias do jogo da Baleia Azul no Estado. Algumas das investigações já foram concluídas e alguns dos casos nós percebemos que não passam de trotes. Outros ainda estão em andamento e estamos buscando concluí-los”, disse o delegado da Gcat, Eduardo Botelho.
Na manhã da última terça-feira (18), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação no RJ e em outros oito estados para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra os suspeitos de comandarem o jogo da Baleia Azul.
No mês de abril, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte da adolescente M.F.O, de 16 anos, na cidade de Vila Rica (1.320 km de Cuiabá) que foi encontrada morta em uma represa da Praça Afonso Ligório, no bairro dos Inconfidentes. A suspeita é que a adolescente tenha sido vítima do desafio da Baleia Azul.
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