A Organização Internacional de Polícia (Interpol) solicitou à Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), dados de inquéritos que investigam casos do jogo da “Baleia Azul”, em Mato Grosso.
Alan Cosme/HiperNoticias
Delegado Eduardo Botelho confirmou que 25 casos foram registrados em MT
O jogo é uma iniciativa de criminosos que usam as redes sociais para impor desafios macabros a crianças e adolescentes. Um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe uma sequência de missões que envolvem isolamento social, automutilação e suicídio. Ao menos 25 casos são investigados em Mato Grosso, sendo que pelo menos um terminou em morte.
Os dados foram solicitados para que a Interpol possa acompanhar as investigações dos casos do jogo suicida no Estado.
“A Interpol por meio da Polícia Federal solicitou os dados para que pudessem acompanhar as denúncias do jogo da Baleia Azul no Estado. Algumas das investigações já foram concluídas e alguns dos casos nós percebemos que não passam de trotes. Outros ainda estão em andamento e estamos buscando concluí-los”, disse o delegado da Gcat, Eduardo Botelho.
Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação no RJ e em outros oito estados para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra os suspeitos de comandarem o jogo da Baleia Azul.
No mês de abril, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte da adolescente M.F.O, de 16 anos, na cidade de Vila Rica (1.320 km de Cuiabá) que foi encontrada morta em uma represa da Praça Afonso Ligório, no bairro dos Inconfidentes. A suspeita é que a adolescente tenha sido vítima do desafio da Baleia Azul.
O delegado Botelho apontou que as vítimas são convidadas por meio das redes sociais. O Facebook é o principal meio de convite para os adolescentes participarem do jogo mortal.
“Esses convites 90% partiam do Facebook. Eram criados perfis falsos e através deles eram feitos os convites para que as vítimas participassem do desafio. Os outros convites também vêm de grupos de WhatsApp. Em um dos depoimentos que eu fiz com uma das supostas vítimas na semana passada, uma delas me mostrou em qual grupo ela foi convidada”, concluiu o delegado.
Além da Polícia Federal, a Polícia Civil também investiga os casos de Baleia Azul.
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