Um homem, que tentava fazer a transferência de propriedade de um veículo utilizando documento público falso, foi preso em flagrante na sexta-feira (25), em ação integrada da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O suspeito J.A.M. estava com um documento de Certificado de Registro de Veículo (CRV) original, porém com selo de reconhecimento de firma falso.
O suspeito foi detido na sede do Detran ao solicitar a transferência de propriedade de um veículo Fiat Palio para o seu nome. Diante da suspeita do documento CRV apresentado, policiais civis cedidos ao Detran acionaram a equipe de DERRFVA, que constatou que a cédula do CRV era original, porém o selo de reconhecimento de firma, relativo ao vendedor do veículo, era falso.
Questionado sobre o veículo, o suspeito não soube informar onde estava o Fiat Palio, alegando que o carro estava em poder de um sobrinho, no entanto sem dar o nome ou o telefone dele.
De acordo com o delegado, Marcelo Martins Torhacs, em casos como esse a apreensão do veículo é imprescindível. “A apreensão é necessária para que o veículo passe por vistoria preliminar e, se for o caso, exame pericial, objetivando constatar eventuais adulterações de sinais identificadores e comprovação de supostas origens ilícitas”, explicou.
Os policiais solicitaram informações ao Cartório do Serviço Notorial do Cristo Rei, em Várzea Grande, o qual seria o expedidor do selo de reconhecimento de firma, confirmando que o selo era falso. A numeração pertencente ao selo sequer foi usada, a assinatura da tabeliã era falsa e a pessoa escrita como vendedora do veículo não possui cartão de assinatura naquele serviço notarial.
Mesmo com o selo com data do dia anterior (quinta-feira, 24), em entrevista, o conduzido alegou que estava em posse do documento há alguns dias e que havia recebido o CRV do seu sobrinho, que estaria em viagem. Em checagem dos antecedentes criminais do suspeito, os policiais se surpreenderam com as quase 10 passagens do investigado pelos crimes de falsidade, descaminho e estelionato.
O delegado Marcelo Martins Torhacs ratificou a prisão em flagrante do conduzido pelo uso de documento público falso, em seguida encaminhando-o para a audiência de custódia na Capital.
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