O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou, durante entrevista coletiva, que dois prefeitos de Mato Grosso foram ameaçados em 2017. Os novos casos vieram à tona logo após a morte de Esvandir Mendes (PSB), que foi executado em Colniza em dezembro de 2017. A denúncia passou pelo Paiaguás e já chegou à Secretaria de Segurança Pública, que não detalhou de que forma aconteceram as ameaças.
De acordo com o chefe do Executivo, o presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, encaminhou os novos fatos para o setor de Inteligência. Os casos, que deixaram o Estado em alerta, estão sendo investigados sigilosamente.
“Após a morte do prefeito Vando, eu liguei para o presidente da AMM e fomos juntos no avião, aliás eu o peguei em Sorriso (420 km de Cuiabá) e fomos até Colniza. Lá, dois prefeitos nos relataram isso, eu passei para o secretário de Segurança, Gustavo Garcia, que junto a sua equipe está tomando os meios necessários para evitar que novos assassinatos ocorram. No entanto, não podemos dar detalhe para não atrapalhar as investigações”, disse Taques aos jornalistas.
De acordo com o inquérito da morte do prefeito de Colniza, ele foi ferido no tórax e na cabeça com vários tiros de pistola e até fuzil. Além do prefeito, o secretário de Finanças do município também foi ferido, mas já recebeu alta médica e está recebendo o auxílio de segurança, conforme a Lei de Proteção à Testemunha.
Sobre a execução de Vando, Taques afirmou que todas as medidas para a prisão dos assassinos foram tomadas e que agora o processo está na mão do Poder Judiciário.
“Assim que eu soube da notícia da morte desse prefeito eu fui pra Colniza e o resultado, nós tivemos antes de nós voltarmos. Os culpados foram presos, o inquérito foi relatado e já foram denunciados e estão sendo ouvidos. Portanto, o papel do Poder Executivo já acabou, agora é a vez do Ministério Público Estadual (MPE) e o Poder Judiciário”, concluiu o governador.
Taques esteve com prefeito um dia antes
O governador ainda confirmou à reportagem que esteve em reunião com o prefeito Vando, um dia antes dele ser executado. O tucano disse que o chefe executivo municipal em nenhum momento relatou qualquer tipo de ameaça e que recebeu a notícia da morte com muita surpresa.
“Desde quando fiquei sabendo de Vando eu pedi agilidade nas investigações. Inclusive, um dia antes de sua morte ele esteve comigo aqui (em Cuiabá) em reunião e não tocou no tema. Em nenhum momento ele não disse nada de ameaça. No entanto, infelizmente ele foi morto e todas as medidas foram tomadas para prender os culpados”, concluiu.
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