O crime organizado dentro das penitenciárias de Mato Grosso foi destaque da imprensa local e nacional. Uma reportagem exibida pelo “Fantástico”, na noite deste domingo (20), mostra que líderes de uma quadrilha de roubos e furtos de veículos tinham planos de roubar uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para traficarem entorpecentes trazidos de países da Amércia do Sul, como Paraguai e Bolívia.
Na quinta-feira (17), 51 pessoas foram presas pela Polícia Civil pelas práticas de crimes de roubos majorados, furtos, receptação de veículos, adulteração, falsificação de documentos, estelionatos e lavagem de dinheiro. Todos os planos da organização criminosa eram articulados em um grupo de WhatsApp, chamado "Marreta Progresso 157".
O criador do grupo é Luciano Mariano da Silva, conhecido como "Marreta". Ele foi condenado a 56 anos por tráfico e roubo. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Ele era o chefe da quadrilha responsável por grande parte dos roubos e furtos de carro em Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o delegado Vitor Hugo Bruzulato, que participou da operação, após o roubo, os bandidos trocavam os veículos por pasta-base de cocaína na Bolívia e por maconha no Paraguai. Para não chamar a atenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos criminosos diz para os outros integrantes do grupo para roubarem uma viatura do Samu, pois os policiais não iriam "parar" um carro oficial.
“Se nós levar uma caminhonete lá no Paraguai sabe quantas toneladas eu pego lá em maconha? Uma tonelada. Se nós roubar uma viatura do Samu, nós traz (sic), três, quatro tonelada dentro da viatura do Samu que PRF nenhuma ninguém para uma viatura do Samu”, disse um dos integrantes da quadrilha por meio áudio no grupo.
Investigação
Após ter conhecimento do grupo, um policia civil se passou por bandido e pediu que fosse integrado ao grupo com autorização da Justiça. Pelo aplicativo, os criminosos que estavam nas ruas mandavam fotos e vídeos dos carros que pretendiam furtar ou roubar. O grupo chegou a ter 48 participantes, de quatro estados. Quinze deles falavam de dentro das prisões.
Ele conseguiu permanecer quatro meses infiltrado, período em que registrou todos os crimes cometidos pela organização. A investigação foi comandada pelo delegado Marcelo Martins Torhacs. O policial sabia dos roubos, mas o objetivo era identificar a quadrilha inteira.
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