A Delegada titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), Anaíde Barros de Souza, solicitou que a 2ª Delegacia de Polícia, do bairro Planalto investigue a participação de adultos na destruição de provas do caso em que a adolescente M.E.C.B, de 12 anos, envenenou a amiga J.C.A.S, de 11 anos. A menor teria dado à outra uma mistura de soda cáustica e limpa aluminínio, por ciúmes de um garoto de 13 anos.
De acordo com a Polícia Civil, durante as investigações foi constatado que, após o envenenamento, a garrafa onde a menor preparou a substâncias foi escondida por um adulto em uma casa do bairro Residencial Alice Novacki. Logo após o caso ganhar repercussão, o recipiente foi queimado para que os policiais não pudessem encontrar provas do veneno.
“Como a investigação apontou uma suposta participação de adultos, encaminhei o auto de infração para a 2ª Delegacia. Desta forma, o caso sai das competências da DEA e será investigado a partir de agora por outra delegacia”, disse a delegada.
Anaíde afirmou que, após colher o depoimento da menor, vai solicitar um tratamento psicológico para a menor ao Ministério Público Estadual (MPE).
Vítima recebe alta
Internada desde o dia 27 de junho, a menina J.C.A.S. recebeu alta na noite de quarta-feira (12). Após ter sido envenenada, ela foi encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. No entanto, na última sexta-feira (7), foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. A menina passou por cirurgia para reconstituir o esôfago, que foi parcialmente corroído.
De acordo com a mãe da vítima, não será necessário o uso de sonda para que a menina se alimente.
O caso
O crime aconteceu no dia 27 de junho, no bairro Alice Novacki, em Cuiabá. Tudo começou quando a adolescente M.E.C.B., contou para a vítima que gostava de um menino de 13 anos, identificado apenas como R. No entanto, as investigações comprovaram que o menino gostava de J.C.A.S. e que a suspeita viu os dois conversando no último dia 25 de junho.
Desta forma, a vítima disse ao menino que não poderia ficar com ele, pois era M.E.C.B., que tinha intenção de namorá-lo. Contudo, ao ver a vítima conversando com R., a suspeita imaginou que os dois poderiam estar se relacionando e resolveu preparar a substância. Todo o preparo teria sido visto pelo primo da suspeita, identificado como A.
Ao perguntar para o que seria a tal solução, M.E., teria dito que serviria para envenenar a vítima. De imediato, A., não teria acreditado na versão da suspeita.
No dia do fato, M.E.C.B, teria levado um líquido rosa para escola. Ao ser perguntada pelos outros alunos o que seria a substância, a suspeita teria dito que seria um veneno para matar um cachorro que havia a mordido dias anteriores.
Ao término do período escolar, M.E., teria saído da escola com a vítima com quem seguiu em um ônibus coletivo até o bairro Alice Novacki. Ao descer com a vítima em determinado ponto, a acusada teria oferecido o líquido, alegando que seria vinho.
A vítima teria ingerido a bebida e ido embora. Momentos depois, a começou a passar mal e sua boca começou a inchar. Imediatamente ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento Médico (UPA) do bairro Pascoal Ramos e de lá ela foi transferida para o Pronto-Socorro de Cuiabá (PSMC).
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