Os corpos das três pessoas que estavam a bordo da aeronave desaparecida no último sábado (9) deverão ser encaminhados para a cidade de Juruena (930 km de Cuiabá). As vítimas foram encontradas no final da manhã desta quarta-feira (13) por militares da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma região de mata fechada e com grandes adversidades meteorológicas.
Reprodução
Militares afirmaram que a retirada dos corpos ainda não foi concluída. Até o momento, a missão já consumiu 56 horas de voo, somando as duas aeronaves utilizadas para as buscas. Logo depois de passar pela necropsia, os corpos de Leandro Ferreira Pascoal, a esposa Franciele Riceto Pascoal e o filho pequeno, Felipe Pascoal deverão ser levados aos seus familiares. O translado deverá ser encerrado na sexta-feira (15).
Os paraquedistas atuantes na missão afirmam que a dificuldade para recuperar os corpos se deve ao fato da região amazônica ser de mata fechada, com presença do aru (nuvens baixas que sobem pela manhã devido à umidade da floresta), com grande altura das árvores e elevações do solo, dando poucas referências para observação.
Segundo o Tenente das Forças Armadas, Fernando de Souza Cruz Junior, um dos militares que participou do resgate empenhado esforço exclusivo na esperança de encontrar pessoas com vida.
"Quando entendemos que as condições não eram favoráveis, a missão passa a ser o conforto da família neste momento difícil. A importância fundamental da missão é salvar vidas e encontrar algum sobrevivente e quando não é possível, pelo menos devolver os entes queridos à família, para que possam fazer as devidas homenagens".
Corpos encontrados
Por meio de nota, a FAB disse que os corpos foram achados por volta das 9h30, depois que os militares percorreram um trajeto de mata fechada. A equipe de resgate chegou aos destroços por terra e encontrou as vítimas mortas na região de Juruena.
Desaparecimento
A aeronave desapareceu no trajeto entre Colniza e Juara (700 km de Cuiabá). O avião decolou de uma fazenda, às 10 horas, e deveria chegar no destino final às 11h15. Entretanto, a aeronave desapareceu depois do piloto fazer um telefonema para a mãe, quando passava por Juruena.
Segundo a mãe de Leandro, Marina Ferreira Pascoal, quando recebeu o telefonema de seu filho era 10h30. Leandro teria informado que o tempo estava bom e que chegaria em 40 minutos. Segundo Marina, o piloto tem experiência de quatro anos.
A mulher disse ainda que pediu para Leandro ligar na cidade de Juara e verificar as condições climáticas, porém ele desapareceu antes. Ainda de acordo com ela, as buscas foram intensas durante todos os dias, com aviões transitando próximo ao local do desaparecimento.
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