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Polícia Domingo, 06 de Maio de 2018, 08:00 - A | A

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Domingo, 06 de Maio de 2018, 08h:00 - A | A

INJÚRIA RACIAL

Ataques racistas contra fotógrafa podem gerar até 3 anos de prisão

LUIS VINICIUS

A delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande (DEDMCI), Ana Paula de Faria Campos, afirmou que o homem que é suspeito de fazer ataques racistas contra a fotógrafa Miriam Rosa, de 32 anos, poderá pegar de um a três anos de prisão. A vítima prestou depoimento na sexta-feira (4) e a delegada instaurou um inquérito para apurar o caso.

 

miriam rosa.jpg

 A fotógrafa Miriam Rosa foi vítima de ofensas racistas

Conforme a autoridade policial, o suspeito Rafael Andrejanini deverá responder judicialmente por injúria qualificada e não por crime de racismo, como se imaginava. Além da pena em reclusão, o suspeito poderá ainda pagar multa. No entanto, a delegada afirma que está apenas no início da investigação e que não pode dar detalhes do caso.

 

“Eu recebi o boletim de ocorrência e abrimos um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Ouvi os áudios pela imprensa e neste caso, o crime é de injúria qualificada e a pena é de reclusão de 1 a 3 anos e multa. Mas é necessário ter cautela neste momento e aguardar o andamento da investigação”, disse a delegada ao HiperNotícias.

 

Apesar de existir informações que o suspeito ainda não foi localizado, a delegada afirma que o homem não é considerado foragido da Justiça.

 

“Ele ainda não pode ser considerado foragido da Justiça. Preciso verificar o que já foi produzido no caso, porque ainda não recebi nada, apenas o boletim de ocorrência. Por isso, ele ainda não responde por nada e é ainda apenas suspeito. Temos que aguardar o decorrer das investigações para saber o que fato vai acontecer”, explicou a delegada.

 

À reportagem, a delegada afirmou que os casos de injurias qualificadas não são recorrentes em Várzea Grande, mas que a sua delegacia registrou sim alguns casos.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

delegada ana paula campos

Delegada Ana Paula Campos conduzirá o inquérito de injúria contra fotógrafa

“Aqui na delegacia nós temos alguns Inquéritos Policial Civil (IPC) de injúria qualificada, mas são poucos os registros aqui em Várzea Grande. Não estou dizendo que não ocorre, mas são poucas ocorrências registradas pelas vítimas aqui. Nós iremos trabalhar para que o caso corra tudo bem. Ouvi a vítima na sexta-feira e agora preciso dar andamento no processo, não vou comentar muito do caso, pois ainda não tenho os detalhes”, concluiu a delegada.

 

O caso

 

A fotógrafa Mirian registrou um boletim de ocorrência na terça-feira (1), relatando ter sido alvo de racismo. Nas gravações que foram espalhadas nas mídias sociais na quarta-feira (2), a vítima é chamada de ‘saco de lixo’, 'mucama', 'crioula maldita', entre outros xingamentos.

 

O autor do racismo teria usado o telefone celular de uma antiga amiga de Miriam para gravar os áudios. A fotógrafa disse que conheceu o autor das mensagens por meio de um grupo de amigos dela, quando todos estavam em um bar.

 

Nos áudios, o autor é agressivo com a vítima. Além do preconceito, o agressor também liga a situação de pobreza à escravidão da fotógrafa.

 

“Mirian, eu quero saber se você tem dono ou não. Porque é o seguinte, eu fui no mercado escravo no Porto e não achei nenhuma escrava com o seu valor. Qual é o seu valor? Eu quero comprar uma escrava, uma mucama para ser cozinheira, faxineira. Eu gosto de ver a crioulada trabalhando para mim. A única coisa que crioulo sente na vida é ele no tronco e o chicote nas costas. Você pode tacar fogo, dar tiro, pode fazer o que quiser que ele não sente nada disso”.

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