O pedreiro Luiz Aquino Pavão, 33 anos, mesmo sob todas as provas, testemunhas e depoimentos, nega que tenha assassinado o comerciante Fernando Barbosa Reis, 55 anos, e ateado fogo no corpo da vítima em agosto de 2016. Pavão foi preso no início do mês no Estado do Maranhão e ouvido pela delegada Juliana Palhares, que classificou como “contraditória” a versão dos fatos apresentada pelo suspeito.
Alan Cosme/HiperNoticias
Delegada Juliana Palhares é a responsável pela conclusão do inquérito na DHPP
“Ele fala que não tinha nenhum atrito com a vítima e que não suspeitava de nenhum possível relacionamento amoroso entre sua esposa e a vítima ou o filho da vítima”, adiantou a delegada.
Apesar de negar qualquer desavença com o comerciante, o suspeito admitiu em seu depoimento que fugiu às pressas após saber do desaparecimento do conhecido.
“Ele disse ainda que deu mesmo uma carona para o Fernando e que fugiu para o Maranhão após o desaparecimento da vítima. Ele disse que ficou com medo de ser preso ou acusado do crime. Eu o questionei sobre isso. Por qual motivo ele temia que fosse acusado ou que o incriminassem, mas ele não apresentou justificativas críveis para que tivesse fugido. Os argumentos deles são muito inconsistentes”, relara a policial.
Em seu depoimento o acusado contou ainda à delegada que Fernando era uma pessoa muito generosa e que não havia nenhuma queixa dos quatro anos em que foram vizinhos. “Ele fala que o comerciante era uma pessoa muito querida, mas assim que soube do desaparecimento ele não entrou em contato com a família bem com a polícia para ajudar na localização da vítima”, conta.
Para a delegada o comportamento do suspeito e da esposa não são típicos de quem não tem o que temer. Após a fuga e temendo acusações, Luiz Pavão não fez nada para “provar sua inocência”. Ele permaneceu na casa de parentes no Maranhão e quando sua esposa foi chamada para ser ouvida se recusou a falar. “Ele não tentou em hipótese nenhuma sustentar sua inocência. Achou que ficaria escondido para sempre”, enfatiza Juliana Palhares.
O caso
As investigações da DHPP apontam que Luiz Aquino foi inquilino do comerciante Fernando por quatro anos antes de se mudar para a casa onde morava antes do crime. Eles tinham relação próxima e o suspeito passou a desconfiar que a esposa e Fernando pudessem ter um relacionamento amoroso.
Diante da situação ele armou uma emboscada para o conhecido. Pegou um carro, modelo Siena, emprestado de um amigo e foi até o local onde sabia que a vítima fazia caminhadas. Ele abordou o comerciante e ofereceu uma carona. Fernando entrou no carro e nunca mais foi visto com vida.
A família estranhou a demora no retorno de Fernando após a caminha e registrou queixa de seu desaparecimento. Seu corpo foi encontrado um dia depois do sumiço na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá.
Na época do crime, a delegada contou que a vítima foi espancada e apresentava traumatismos na cabeça. Seu corpo ainda foi parcialmente carbonizado, no intuído de sumir com o cadáver. O último homem a ser visto com o comerciante foi Luiz Aquino, que trabalhava como pedreiro e morava em Mato Grosso há oito anos. A família reconheceu o corpo da vítima.
A perícia realizada no carro usado pelo suspeito no dia do crime não encontrou nenhum vestígio de sangue ou outro elemento que pudesse ter ligação com o crime.
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