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Polícia Segunda-feira, 02 de Outubro de 2017, 08:15 - A | A

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Segunda-feira, 02 de Outubro de 2017, 08h:15 - A | A

RECONSTITUIÇÃO DO CRIME

"A reconstituição do crime é um teatro", diz pai de rapaz morto no CPA

LUIS VINICIUS

“A reconstituição da cena do crime é um teatro”. Esse é o relato do líder comunitário, Carlos Oliveira sobre a reprodução simulada de um caso emblemático, no qual o seu filho, André Luiz Alves de Oliveira, e o policial do grupo de inteligência da Polícia Militar, Élcio Ramos, morreram após uma investigação sobre uma suposta venda de arma, no bairro CPA III, em Cuiabá.

 

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O crime aconteceu no dia 2 de agosto de 2016. E na última quinta-feira (28) os policiais fizeram a reprodução simulada a pedido do major PM Waldir Félix de Oliveira Paixão Júnior, que foi indiciado por homicídio, no mês de janeiro deste ano, pela morte de André. O autônomo Carlos Alberto Oliveira Júnior, irmão de André, também era investigado e segue preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Ele é acusado de participação na venda das armas e participação no homicídio de Élcio.

 

"Essa reconstituição é um teatro. Essa reprodução é uma alternativa da defesa para postergar o processo. É uma injustiça o que estão fazendo. Eu tenho um filho morto e outro preso. Ele está preso há mais de um ano sem atirar em ninguém. Eu espero que a Justiça seja feita e que esse major seja preso, porque ele afirmou que matou meu filho. Ele executou meu filho. Essa reconstituição é uma manobra da defesa para atrasar o processo. Eu fui intimado, mas não me deixaram ver a reprodução simulada. Não entendi. Acredito que seja mais uma forma que o estado tentar livrar o assassino do meu filho”, disse.

 

Ao todo, participaram de reconstituição oito atores, que são policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e sete colaboradores que estavam no local do crime durante o duplo assassinato.

 

Dentre os participantes estão o major Waldir e o soldado da PM Wanderson José Saraiva, que era policial da inteligência e, no dia do fato, acompanhava o soldado Élcio nas investigações.

 

A reprodução contou com apoio do delegado titular da DHPP, André Renato Gonçalves, além de policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam). A reconstituição começou por volta das nove horas e acabou por volta de meio dia.

 

“A reprodução foi solicitada pela defesa e a juíza aceitou. Ao todo, participaram sete colaboradores que presenciaram a cena do crime, um por vez isoladamente vai contar a versão dele e de tudo que ele viu alguma coisa relacionada aos quesitos que nos foram passados. Ainda não da pra fazer uma previsão de tempo porque depende do depoimento dos colaboradores. Os peritos responsáveis podem pedir para repetir uma cena e isso pode demorar um pouco mais para que não haja dúvidas”, disse o perito Gustavo Chiellin.

 

O advogado do major Waldir descartou que a reprodução simulada possa ser uma manobra de defesa.

 

“Diferentemente como alguns pensam que possa ser uma manobra de defesa, a reprodução simulada dos fatos está no código do processo penal e se lá está é porque é necessário. E se foi deferido é porque a juíza entendeu que é necessário. Para nós, a maior dificuldade é entender o palco dos acontecimentos e a reconstituição nos ajudará nisso”, disse o jurista Ricardo Monteiro.

 

O caso

 

De acordo com a Polícia Militar, o policial e um outro soldado investigavam uma suposta venda de armas no local. Os policiais foram surpreendidos pelos irmãos, que sacaram uma arma e dispararam contra o PM. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), o militar foi baleado após ir até o local onde ocorreu o crime e entrar em luta corporal com um dos moradores.

 

Carlos Alberto está preso desde o dia do crime. A primeira versão contada por ele era de que dois policiais tentavam extorqui-lo em sua residência. Posteriormente ele disse que os policiais entraram em sua residência e o enforcaram.

 

No dia do caso, por volta das 14h, os policiais que investigavam o comércio ilegal, teriam marcado encontro com o denunciado próximo ao Terminal do CPA I, fingindo serem pessoas interessadas em comprar a arma.

 

Conforme o MPE, os policiais compareceram ao local em trajes civis e sem nenhum dispositivo que revelasse que ambos eram PMs. No local, foram orientados pelo comerciante a segui-lo, onde a arma objeto da venda estaria guardada.  Uma operação teria sido já montada para dar suporte aos dois policiais caso o crime fosse constatado e a prisão em flagrante tivesse de ser realizada.

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AHMAD BASSIM CHOKR 03/10/2017

SE TINHA ARMA EM CASA COM NUMERAÇÃO RASPADA.... PRECISA COMENTAR MAIS ALGUMA COISA ?!?!?!?!

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1 comentários

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