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Polícia Domingo, 23 de Setembro de 2018, 08:02 - A | A

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Domingo, 23 de Setembro de 2018, 08h:02 - A | A

FEMINICÍDIO

Em 4 dias, 3 mulheres e uma travesti foram assassinadas em MT

LUIS VINICIUS

Em quatro dias, três mulheres e uma travesti foram brutalmente assassinadas em Mato Grosso. Os crimes aconteceram nos dias 15, 17, 18 e 19 de setembro e chamam atenção devido à violência usada contra as vítimas e quase sempre a mesma motivação: a não aceitação do término do relacionamento de seus ex-companheiros. Até a publicação da matéria, nenhum dos suspeitos dos assassinatos tinha sido preso.

 

Reprodução

travesti assassinada

 A travesti Abya Passos, de 33 anos, foi assassinada com 15 golpes de faca 

O primeiro caso aconteceu na cidade de Querência (959 km de Cuiabá), no dia 15. Uma travesti, que usava o nome social de Abya Passos, 33 anos, foi assassinada com 15 golpes de faca, dentro de uma casa noturna da cidade. O principal suspeito é um adolescente de 17 anos com o qual a vítima se relacionava. O adolescente teria ficado enciumado com a chegada do antigo namorado dela, na cidade.

 

Na segunda-feira (17), outra jovem mulher foi morta por ter decidido deixar o companheiro. Desta vez, a vítima foi Andressa da Silva Targa, 21 anos. Ela foi executada com dois tiros, dentro de sua residência, na cidade de Barra do Bugres (170 km de Cuiabá). O ex-marido, J.S.N., é o principal suspeito de ter cometido o crime. Segundo relatos de familiares, o casal vivia se desentendo e o ex-companheiro de Andressa não teria aceitado o término do relacionamento. Na casa onde ocorreu o crime, os policiais encontraram malas da vítima e, segundo informações, ela estaria disposta a deixar a casa onde morava com o acusado.

 

Já na cidade de Castanheira (780 km de Cuiabá), Rosana Borges das Neves, 31 anos, foi a vítima. A mulher foi assassinada com diversos tiros, também dentro de sua residência, na madrugada de terça-feira (18). Nesta ocorrência, as testemunhas apontam o ex-marido da vítima, A.E.P., de 53 anos, como suspeito. Como nos casos anteriores, a suspeita é que o homem não aceitava o término do relacionamento.

 

Reprodução

andressa morta pelo marido.jpg

 Andressa Targa, de 21 anos, foi assassinada com dois tiros, dentro da residência, onde morava com o suspeito.

Por fim, na manhã de quarta-feira (19), a jovem Érica Oliveira Gomes, 22 anos, foi encontrada morta em sua residência, localizada no bairro Jardim dos Ipês, na cidade de Barra do Garças (500 km de Cuiabá). O caso registrado pela Polícia Civil chamou atenção dos agentes, pois o corpo da vítima apresentava sinais de agressão. Os familiares da vítima acreditam que o crime tenha sido cometido também pelo ex-marido da jovem. Os parentes disseram que eles tinham constantes desentendimento, pois o homem era usuário de drogas.

 

Esses números só aumentam as estatísticas de feminicídio no estado. Dados do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) apontam que Mato Grosso tem a maior taxa de mortes de mulheres: 4,6 a cada 100 mil. Esses crimes são enquadrados na Lei do Feminicídio, casos em que as vítimas são mortas pela condição de gênero ou em decorrência de violência doméstica. No ano passado, 75 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso.

 

Para o secretário Gustavo Garcia, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, é necessário uma mudança na cultura dos homens para que a violência contra a mulher diminua.

 

“Essa questão de violência contra a mulher não cabe só à Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Tem que ser feito uma mudança de cultura, uma mudança de paradigma que se dá por meio da educação. A educação é fundamental para romper paradigmas como esse: de que a mulher é tratada como objeto, da mulher violentada”, explicou o secretário.

 

O chefe da Pasta disse que as forças pretendem criar uma rede de proteção para diminuir a violência contra as mulheres.

 

"Quando ocorre alguma situação de violência contra a mulher, cabe a polícia investigar e enviar o relatório do inquérito ao Ministério Público para o oferecimento de denúncia. Nós estamos cumprindo o nosso papel e, logicamente, colaborando também para formamos uma rede proteção. Nós estamos conversando com outros órgãos de forma multidisciplinar para atuar na defesa da mulher. Nós estamos conversando para que não existam mais casos como este”, explicou o secretário.

 

O feminicídio é um crime de gênero, cometido contra mulheres, quando há violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição da mulher. A lei foi incluída no Código Penal como uma modalidade de homicídio qualificado e entrou em vigor no dia 9 de março de 2015.

 

 

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