Os bastidores das investigações referentes aos grampos telefônicos ilegais em Mato Grosso ficam cada vez mais interessantes. A Polícia Militar vive um momento de turbulência interna e precisa salvar a imagem e a credibilidade da instituição. Primeiro veio escândalo revelado pelo Fantástico de que havia na Casa Militar um verdadeiro "escritório clandestino de espionagem", montado para monitorar opositores ao governo estadual. Só isso foi suficiente para levar para atrás das grades o coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da PM, e o cabo Gerson Luís Ferreira.
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Coronéis foram à PGR prestar informações sobre a investigação dos grampos ilegais
Depois, o suposto vazamento de informações sigilosas sobre a investigação dos grampos, patrocinada por coronéis da PM, acabou com a prisão de mais dois integrantes da corporação. Agora, documentos revelam que esses mesmos coronéis estiveram na Procuradoria-geral da República (PGR) para tratar dessas investigações dos grampos. Lá, em âmbito federal, foram questionados sobre o andamento do inquérito conduzido dentro da Polícia Militar.
Segundo o site FolhaMax, o ainda comandante-geral da PM, coronel Jorge Luiz Magalhães, o ex-corregedor da PM, coronel Alexandre Correa Mendes, o ex-diretor de Inteligência da corporação, tenente coronel Victor Paulo Fortes Pereira (ambos acusados de vazar informações sigilosas), e, por fim, o suchefe do Estado Maior da PM, o coronel Heverton Mouret de Oliveira, estiveram em Brasília na última segunda-feira, 19.
Eles foram utilizando a aeronave “Baron”, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). E registraram a visita, que ocorreu antes de Jorge Luiz ser demitido e Pereira e Mendes serem denunciados pelo governador Pedro Taques (PSDB).
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