O advogado Liomar Almeida, que atua na defesa do suspeito Wendel Lopes Padilha, 22, contesta a versão apresentada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e afirma que não houve troca de tiros na ação que matou Marcos Padilha da Silva, 40, pai do suspeito na madrugada de sexta-feira (20). Os suspeitos estavam desarmados.
Almeida informou que os suspeitos nem sequer foram abordados antes que os policias atirassem contra o veículo gol branco em que pai e filho estavam.
De acordo com o advogado, seu cliente relatou que ele e o pai foram até o local do crime na BR 364, em dois carros, um branco e um vermelho. Antes de passar a barreira policial, Wendel estacionou o carro vermelho que dirigia às margens da rodovia e os dois seguiram no veículo branco até a empresa Eletronorte com o objetivo de furtar fios de cobre. Ambos estavam desarmados.
Conforme informou, Wendel disse que eles não encontraram o tipo de fio que procuravam e foram embora. O segurança do local os avistou e chamou a PRF. Quando estavam saindo no local, no gol branco, a dupla viu uma caminhonete blaser que deu luz alta contra eles, mas não estava com giroflex ligado. Os suspeitos passaram pelo carro e seguiram viagem, quando começaram a ser perseguidos e os policiais atiraram diversas vezes contra os suspeitos.
Liomar Oliveira relata que seu cliente informou que um dos tiros acertou a cabeça do seu pai que perdeu o controle do veículo e eles caíram em uma ribanceira. Wendel fugiu e horas depois foi detido pela PRF ainda nas imediações do local do crime.
Antes de ser capturado pela polícia, Wendel ainda tentou pedir ajuda para a família o resgatar, no entanto a mãe e a esposa foram detidas, pois como não encontraram o local onde ele estava e ficaram passando várias vezes pelo posto da PRF levantando suspeita. Elas foram abordadas e com as duas foram encontrados documentos de Wendel que coincidiram com documentos encontrados no carro vermelho que foi localizado pela polícia posteriormente.
O advogado ressaltou que o corpo de Marcos só foi resgatado na noite de sexta após o filho relatar que ele havia sido alvejado. Pois até então ninguém tinha localizado o gol.
Wendel passou por audiência de custódia na tarde deste sábado (21) e ficará sob monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. Nem ele, nem o pai têm antecedentes criminais, como contou o advogado.
O jurista relata que muitas informações registradas pela PRF sobre o crime estão equivocadas e que fatos foram omitidos. Ressalta que sei cliente irá responder pelo crime de tenativa de furto.
O advogado relata que foram mais de 10 tiros disparados contra o veículo e que sendo comprovado que os suspeitos estavam desarmados e não revidaram os disparos da polícia, os policias que participaram da ação podem ser indiciados por homicídio qualificado.
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