O vereador Carlos Garcia (PSB), conduzido coercitivamente até a Delegacia Fazendária (Defaz) na manhã desta quarta-feira (29 de março) pela Operação Pérfido, afirmou à imprensa logo após seu depoimento que todo mundo já sabia que existem irregularidades e esquema de cobrança de propina, na Secretaria de Fazenda de Várzea Grande e que alguma hora a “bomba iria explodir”. “Lá na Câmara apresentaram um requerimento pedindo a instalação de uma CPI para investigar isso aí, só que a CPI já está aí né, para que vamos fazer uma CPI”, afirmou o vereador.
Alan Cosme/HiperNoticias
Vereador disse que nem precisava de CPI, pois a polícia já investiga falcatruas
Conforme informou a Defaz, o esquema envolve servidores efetivos, empresários e comerciantes com atividades no município para fraudar recolhimento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O esquema teria ocorrido por três anos seguidos, 2014, 2015 e 2016, e teria causado um prejuízo de R$ 60 milhões aos cofres públicos da cidade.
Como advogado, vereador e ex-procurador do município de Várzea Grande, Carlos Garcia diz conhecer muita gente e somente por isso teria sido levado, sob escolta policial, para depor e colaborar com as investigações. Contudo, ele não deu detalhes. Em poucas palavras, revelou apenas ter sido questionado sobre seu conhecimento e relacionando com servidores envolvidos no esquema. À imprensa, ele não citou nomes.
“As informações que me foram questionadas é se eu conheço fulano e ciclano, se eu já tive envolvimento com um ou com outro. A imprensa sabe que ali dentro tem algum problema que um dia vai explodir. Acho que está começando a fumacinha. Leva desvantagem quem é público e conhece todo mundo”, frisou.
O parlamentar confirmou que o cerne da operação são as denúncias feitas por uma pessoa ligada a um site de notícias de Várzea Grande, a qual se referem por Freid. O vereador diz não saber se Freid firmou delação premiada, apenas que ele deu depoimento. “Essa operação gira em torno dessas denúncias que ele fez sobre irregularidades, troço mal feito”, disse.
Mesmo bem relacionado, tendo exercido vários cargos públicos e tendo conhecimento anterior sobre as irregularidades, o vereador também diz não saber desde quando esse esquema vem acontecendo em Várzea Grande.
Leia mais:
Defaz prende nove servidores da Prefeitura de Várzea Grande por desvio de R$ 60 milhões
Servidores presos desviaram mais de R$ 60 milhões do IPTU por três anos, aponta Defaz
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
