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Justiça Quarta-feira, 19 de Julho de 2017, 13:20 - A | A

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Quarta-feira, 19 de Julho de 2017, 13h:20 - A | A

OPERAÇÃO SEVEN

Silval volta ao Fórum para confessar desvio de R$ 7 milhões em venda de área no Manso

CAMILLA ZENI

A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, reinterroga, nesta quarta-feira (19) o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB). A oitiva é referente a Operação Seven, que apura o desvio de R$ 7 milhões, por meio da desapropriação de uma área na região do Lago do Manso.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

silval barbosa

 

Em depoimento anterior o réu havia negado qualquer envolvimento com os desvios investigados. No entanto, mudou de postura e agora adotou a estratégia de confessar os crimes cometidos em sua gestão. 

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, a operação investiga um suposto esquema que teve o intuito de autorizar o Instituo Mato Grossense de Terras (Intermat) a comprar uma área rural de 727 hectares na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. Essa área já pertenceria ao Estado e, de acordo com denúncia do Ministério Público, foi adquirida novamente pelo valor de R$ 7 milhões durante a gestão passada. 

 

Acompanhe

 

13h20 - Silval chega ao Fórum acompanhado de seu advogado, Délio Lins. Ele deve confessar que participou do esquema em desvio de dinheiro de uma venda de um terreno na área do Manso. 

 

13h50 - Após longa espera pela chegada dos advogados e da magistrada Selma de Arruda, a audiência irá começar. 

 

14h04 - Silval começou respondendo que irá confessar todos os fatos que lhe foi imputado e que tiver, de fato, participado. Disse que conversou com Pedro Nadaf, ex-secretário chefe da Casa Civil, que eles tinham compromissos de dívidas com outras pessoas, e determinou que Nadaf levantasse o que fosse possível para resolver a situação.

 

14h05 - Quando tomaram a decisão de fazer a desapropriação da área no Lago do Manso, que pertence a Filinto Corrêa da Costa, foi o cunhado de Nadaf quem levantou o assunto. O cunhado era o procurador do Estado, Francisco Lima Filho. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

silval barbosa

 

14h06 - Ele (Silval) disse que Francisco já tinha falado com ele sobre a desapropriação antes, mas que ele não deu atenção. E, nesse segundo momento, ele explicou direitinho como era tramitado o processo da desapropriação.

 

"Na época era tudo legal", disse o ex-governador. Ele disse que Pedro Nadaf também tinha problemas financeiros e que ele chamou Afonso Adalberto e lhe explicou a situação. O Afonso já tinha trabalhado com o governo e se comprometeu com essa desapropriação. Silval disse que deu aval para Pedro Nadaf cuidar de tudo. Ele disse: "Pedro, você cuidando de tudo, está resolvido".

 

14h07 - Silval conta que o que lhe preocupava era a questão orçamentária. O ex-governador disse que era para fazer a desapropriação via Sema, com recursos de compensação de grandes investimentos, como recursos do VLT, de hidrelétricas etc.

 

14h08 - "É normal, dentro de um remanejamento, você pedir para um secretário executar tal ação", ele explicou à juíza.

 

14h08 - Segundo Silval, não foi possível fazer pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Então, teve que se fazer pela Intermat, conforme ele explicou à Pedro Nadaf, Chico Lima e Afonso numa reunião na Casa Civil.

 

14h09 - O ex-governador conta que falou para ficarem tranquilos, porque ele iria determinar que se fizesse essa desapropriação. Silval reiterou que essa foi sua participação, pois quem iria cuidar de tudo era Pedro Nadaf.

 

14h10 - O valor da desapropriação era de R$7 milhões e ele só sabia de um retorno de R$1,5 milhão. Conforme ele, foi feito um decreto para que o esquema fosse executado. Silval teve a preocupação de cuidar da tramitação da parte interna. Ele chamou o Arnaldo Alves, ex-secretário de planejamento, e falou que a Intermat precisava de R$7 milhões e ordenou-lhe para remanejar, dentro da lei, verbas de sua pasta. "Era para ele providenciar o orçamento". E assim foi feito.

                   

14h12 - Os R$7 milhões foram pagos em duas parcelas, tendo sido a última em novembro de 2014.      

 

14h15 - Silval confirmou que mandou fraudar a compra da área e disse que Arnaldo não teve participação, a não ser com a determinação do orçamento, que ele nem sabia para qual fim era.

 

14h18 - "É normal, dentro de um remanejamento, você pedir para um secretário executar tal ação", disse Silval. 

 

Alan Cosme - HiperNotícias

Selma arruda e Silval

 

14h20 - "Dante de Oliveira já queria fazer a desapropriação", disse Silval sobre a área do Manso. Ele disse que uma empresa contratada já havia feito um estudo de toda a cabeceira do Rio Cuiabá e que, em 2002, saiu o decreto da desapropriação.

 

14h23 - Eles disseram que havia sobrado um remanescente da área e como já havia um estudo, era possível fazer a desapropriação. "Eles diziam que dentro do parque havia estação ecológica e estudos de universidade. Disseram que estava tudo legal para fazer a desapropriação", contou.

 

14h24 - Silval disse que a argumentação era de que o processo havia tramitação há mais de anos. Questionado pela juíza, o ex-goverador negou que o Estado tenha comprado a mesma área duas vezes. "É uma discussão que levantaram. E acho que já está definida no Ministério Público que não é uma área recomprada", disse.

                      

14h25 -  Questionado sobre o valor, Silval disse que foi o preço que lhe falaram.

 

14h26 - Silval disse que Chico Lima entra na história porque Pedro Nadaf falou que era um parente e que precisava acertar a dívida.

 

14h27 - Selma perguntou sobre propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Silval pede para não comentar sobre o assunto naquele momento. 

 

A promotoria passa a perguntar

 

14h28 - O promotor pede explicação sobre como se deu o remanejamento.                        

14h28 - Silval fala que não precisa de aprovação de lei. Ele fala que pode-se remanejar até 20%

 

Sem pergunta dos advogados, a oitiva do ex-governador termina às 14h31.

 

 

              

 

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