O juiz Jorge Luiz Tadeu, da Sétima Vara Criminal, requereu à ré Adriana Souza Amorim que comprove, no prazo de 10 dias, a origem dos bens apreendidos que deseja restituição. O material foi recolhido durante deflagração da Operação Ares Vermelho, na qual a mulher é investigada.
Ela é acusada de pertencer a facção criminosa Comando Vermelho e, nesta ação, ela é investigada por integrar quadrilha que praticava crimes de roubo, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, tráfico de drogas, estelionato, lavagem de dinheiro e corrupção de menores.
Adriana foi presa em agosto de 2017 e colocada em prisão domiciliar em setembro daquele ano. Ela alega que o veículo apreendido em sua residência, no bairro Primeiro de Março, é licito e quer o bem de volta.
A fim de respaldar o pedido, o magistrado requereu que a acusada “providencie a juntada aos autos de contrato de compra e venda dos veículos apreendidos; os respectivos comprovantes de pagamento (transferências bancárias); saldo em poupança e conta corrente em nome da requerente que comprovem a origem lícita dos valores à época da aquisição dos veículos ou quaisquer outros documentos que possam comprovar a aquisição com recursos lícitos e sem vinculação com organização criminosa”, diz a decisão do juiz proferida no dia 19 de abril.
A operação
Mais de 60 membros foram presos por participarem de organização criminosa para práticas de crimes de roubos majorados, como; furtos, receptação de veículos, adulteração, falsificação de documentos, estelionatos e lavagem de dinheiro.
Os mandados de prisão, busca e condução foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital - Vara Especializada do Crime Organizado. Ao logo da apuração, a Polícia Civil, por meio de uma inovação tecnológica investigativa, acompanhou em redes sociais a ação controlada de 35 eventos criminosos envolvendo roubos de veículos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e o comércio de veículos subtraídos e clonados.
As prisões preventivas são cumpridas nas cidades de Barra do Garças (1), Jaciara (1), Nova Olímpia (1), Cuiabá (33), Várzea Grande (2), Chapada dos Guimarães (2), 5 em Campo Grande (MS) e 6 em Rondônia. As conduções coercitivas são cumpridas em Nova Olímpia (2), Sinop (1), Cuiabá (6), Várzea Grande (1), Rondonópolis (1) e Estado do Pará (1). As buscas ocorrem em todas as cidades com membros investigados.
Nome
“Ares” remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido à cor.
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