O inquérito conduzido pela Polícia Federal, que apura o acidente com o avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, aponta erro do piloto da aeronave que pode ter causado a queda. Chovia no dia do acidente, o que pode ter prejudicado a visibilidade do piloto em perceber que estava muito perto da água.
Reprodução/HiperNoticias
Mato-grossenses estavam no avião com ministro do STF
De acordo com matéria publicada pelo jornal Estadão, o inquérito já descartou erro mecânico no avião, algum tipo de atentado como incêndio e contaminação do piloto Osmar Rodrigues, 56 anos.
Foram realizados exames no corpo do piloto para averiguar se tinha consumido remédios ou drogas que provocassem sonolência ou envenenamento. Nada de anormal foi encontrado o cadáver do profissional.
No avião em que o então relator da Operação Lava Jato e do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, dono da rede hotéis Emiliano, também estavam duas mato-grossenses: A professora Maria Hilda Panas e a filha, a massoterapeuta do hotel, Maria Hilda Panas. Elas foram convidadas pelo empresário para passarem o fim de semana em Paraty, interior do Rio de Janeiro.
O avião caiu no dia 19 de janeiro de 2017, após bater com uma das asas na água, nas proximidades da cidade.
Confira matéria na íntegra:
O diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia vai se encontrar com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), às 10h30 da quarta-feira para tratar do andamento da investigação sobre o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki e outras quatro pessoas, em janeiro de 2017.
De acordo com as apurações, não foram encontrados vestígios de qualquer falha que pudesse ter sido evitada antes da decolagem da aeronave. Também não foi possível encontrar nenhum vestígio de explosivos ou produtos químicos que pudessem causar incêndio dentro do avião. O resultado da investigação da PF foi antecipado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Desde o dia da queda, os motivos do acidente são investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) e pela PF de Angra dos Reis. Além de periciar os destroços da aeronave e as gravações das conversas entre o piloto e torre de controle, o inquérito realizou exames nos corpos do piloto, do ministro e das outras vítimas para descartar qualquer tipo de anormalidade que possa ter gerado o acidente.
A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu próximo à Ilha Rasa, a 2 km de distância da cabeceira da pista do aeroporto onde deveria pousar.
Além de Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, proprietário da aeronave, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk. Embora não tenha concluído a investigação, a PF descartou a possibilidade de sabotagem na aeronave que caiu no mar de Paraty (RJ). Segovia vai compartilhar detalhes da apuração com a ministra do STF.
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