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Justiça Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016, 14:01 - A | A

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Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016, 14h:01 - A | A

FRAUDES NA SEDUC

Permínio quebra o silêncio e admite esquema para cobrança de propina

JESSICA BACHEGA

O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB), preso desde julho passado na segunda fase da Operação Rêmora, depõe neste momento à juíza Selma Arruda.

 

Jessica Bachega

Perminio seduc

 

Bem mais magro, Permínio afrma que as denúncias são parcialmente verdadeiras. Ele relata que no fim de 2014 foi procurado por Alan Malouf. Na oportunidade, o empresário, também preso, disse que o tinha indicado para a Seduc.

 

Segundo ele, após a posse houve novo encontro no escritório de Malouf.

 

Na ocasião, ele foi apresentado ao empresário Giovani Guizardi, que também disse ter feito altos investimentos na campanha e que precisava reaver esse dinheiro. "Eu nunca me envolvi em nenhum esquema dessa natureza e eu tinha uma imagem construída ao longo dos anos", descreveu Permínio.

                       

"Eu alertei Alan que aquele era um momento importante para mim. Para o qual me preparei e era um caminho para uma futura eleição", disse                       

 

Segundo Permínio, Malouf o tranquilizou de que tudo seria feito de forma tranquilidade.

 

 

"Meu grande erro foi a omissão. Eu permiti que eles fizessem o que fizeram".                       

 

O plano de Permínio era sair candidato, pelo menos a vice-prefeito, nas eleições de 2016.

 

Atualizada às 14h19

 

Permínio disse que a sua única exigência era que nao houvesse superfaturamento nas obras ou qualquer interferência nas planilhas. "Para fiscalizar isso, eu chamei Fabio Frigeri, que era de minha confiança".

                       

Ele disse que acertou tudo com Alan Malouf e que nunca levou nada de informação sobre irregularidades ao governador Pedro Taques (PSDB).

 

"Malouf garantiu que eu não iria aparecer e que se acontecesse alguma coisa ele iria se responsabilizar", afirmou em depoimento.

                       

Ele narra para a juiza sua trajetória política que teve início em 1995. Conta que quando assumiu a Seduc já havia articulações para que saísse candidato esse ano.

 

Atualizada às 14h25

 

Permínio disse que nunca tratou de percentuais. "O que combinei com Alan era que eu recebesse valores que me permitissem assistencialismo político. Isso é o grande motivo que faz existir a corrupção", ressalta. "Esse assistencialismo seria já com olhos na campanha que eu disputaria", acrescenta.

 

Permínio conta que fez orientações a Fábio Frigeri. "Orientei que ele fiscalizasse os projetos e os valores. E que se alguém lhe oferessesse alguma coisa era para procurar Alan", detalha.

                       

Ele afirma que Frigeri sabia de tudo, mas não informa se Frigeri recebeu dinheiro e a quantidade.

 

Permínio se oferece para um novo interrogatório onde irá apresentar planilhas sobre valores devidos.

 

Atualizada às 14h30

 

Questionado pela juíza Selma Arruda sobre em quais secretarias havia esquema, Permínio desconversa: "Eu prefiro falar só por mim. Digo o que acontecia na Seduc e não quero acusar ninguém".

 

"Quero esclarecer sobre o que aconteceu e devolver o que recebi. Peço desculpas a todos e principalmente à minha familia que foi ferida de morte pela minha decisão."

 

Segundo o ex-secretário, nunca manteve contato com os empresários.

 

Perminio diz que antes da posse Alan ofereceu um jantar para todos secretários e o governador. "Todos trocaram contatos. E e nessa ocasião ele foi apresentado ao Giovani Guizardi".

 

Atualizada às 14h33

 

O ex-secretário conta que depois do início das cobranças aos empresáarios, pediu a Alan afastasse Guizardi dele. "Não queria contato com ele ou com os empresários".

 

Segundo ele,  os pagamentos eram feitos de forma cronológica e precisavam ser aprovados pelo Tribunal de Contas.

                       

Ele conta que tudo era automático. "Dizer que alguém tinha influência em segurar medições era um blefe. Se um empresário fica 30 dias sem receber, ele para".

 

Questionado se o depoimento de Guizardi é verdadeito , Permínio disse que é parcialmente verdade. "Os percentuais são mentira. Ele disse que sou líder e eu nunca fui líder".

 

Perguntado sobre quem seria o líder, ele se limitou a dizer: "não quero acusar ninguém".

 

Atualizada às 14h43

 

Promotores de Justiça pergutam se Alan tinha influência para a sua indicação, Permínio  disse que pode não ter sido decisivo, mas contribuiu. Afirma que recebeu um telefonema da servidora Ana Rosa convidando que ele fosse até o governo e que ele seria nomeado secretário.

 

Ele conta que trabalhou efetivamente na campanha para governador e que sempre foi ligado ao PSDB.

 

Atualizada às 14h46

 

Permínio conta que o dinheiro que Alan colocou na campanha era sempre tratado como um "investimento".

 

Atualizada às 14h49

 

Ele conta que sabia do funcionamento do esquema, mas não teve participação na decisão de como a cobrança seria feita.

 

Atualizada às 14h51

 

Ele conta que todos os pagamentos feitos pelo Estado passava pela Secretaria de Estado de Fazenda.

 

Atualizada às 15h05

 

Ele relata também que diferente de outras secretarias, os pagamentos na Seduc não foram suspensos nos primeiros 100 dias de governo. "A equipe econômica achou que não era preciso assim como não foi suspensa para a Segurança e na Saúde".

 

Permínio conta que Guizardi só foi na casa dele uma vez tratar de agilidade em obras.  

 

O réu conta que Fábio Frigeri e Wander Dias eram as pessoas certas, nos lugares certos para o esquema acontecer.

 

Segundo Permínio, era Fábio quem passava a parte do dinheiro dele.

 

"A coisa mais certa que eu poderia ter feito na vida era ter deixado a Secretaria nos três primeiros meses".

 

Permínio afirma que a secretária de Adriana Vandoni o disse informalmente sobre a denúncia de corrupção na Seduc e quando isso ocorreu o esquema não estava mais em funcionamento. "Não houve detalhamento dessa denúncia".

 

Atualizada às 15h08 

 

Perminio conta que houve tentativa para ele  ficar numa cela isolada, mas que ele recusou.

 

"O diretor do CCC mandou que eu pegasse as coisas e que era ordem superior para que ficasse sozinho. Eu disse que só iria arrastado, implorei para que não me levasse. Meu advogados foram lá e reverteram a situação. Já é uma tortura ficar preso, ficaria louco se ficasse sozinho".

 

Atualizada às 15h24

 

Juíza pergunta para Permíno o salário dele enquanto secretário. Depoimento encerrado.

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