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Justiça Sábado, 16 de Março de 2019, 17:55 - A | A

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Sábado, 16 de Março de 2019, 17h:55 - A | A

INVESTIMENTOS

Permínio diz que o plano era usar a Seduc para recuperar recursos investidos em campanha

LEONARDO HEITOR

O ex-secretário de Estado de Educação (Seduc) Permínio Pinto Filho afirmou em depoimento à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que o plano era usar a pasta para que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) pudesse recuperar o dinheiro investido na campanha de 2014. 

Alan Cosme/HiperNoticias

perminio pinto

 

Além disso, Filho pediu a saída de Giovani Guizardi do papel de interlocutor entre a pasta e os prestadores de serviço por conta da truculência do empresário no trato com os contratados pelo Estado.


 

Permínio depôs na sexta-feira (15), na ação penal relativa à Operação Rêmora, deflagrada em 2016 pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga supostos desvios realizados na Seduc, durante sua gestão.

São réus na ação penal, assim como Permínio Pinto, o empresário Alan Malouf, que também fez acordo de colaboração premiada, além de Moisés Dias da Silva, Luiz Fernando Rondon, Giovani Guizardi, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis. Entre as irregularidades estariam licitações que somariam R$ 56 milhões.

Segundo o ex-secretário, em uma conversa privada com o empresário Alan Malouf, em seu escritório, foi revelado então que o mesmo tinha sido um dos principais coordenadores financeiros da campanha do ex-governador Pedro Taques (PSDB), eleito em 2014. Também foi explicado ao ex-chefe da pasta a dificuldade de nomeação de secretários, por conta dos salários baixos, além da complementação que Permínio receberia, de cerca de R$ 20 mil.

“O Alan me passou algumas informações, dizendo que tinha sido colaborador e o principal coordenador financeiro da campanha do governador Pedro Taques, em 2014. Lá, disse que precisava destes recursos de volta, assim como o investido por um grupo de empresários e me contou das dificuldades na escolha do secretariado, por conta dos baixos salários. A educação, por exemplo, conta com um orçamento de mais de R$ 1 bilhão, e o salário líquido é de R$ 13 mil. Ele disse que poderia fazer, assim como o fez com outros secretários, a complementação salarial, pagando cerca de R$ 20 mil por fora, chegando a cerca de R$ 30 mil”, disse em depoimento.

De acordo com o ex-secretário, em um outro encontro, foi explicado a ele o planejamento para se reaver os recursos investidos na campanha, assim como a complementação salarial do ex-secretário. Na ocasião, Alan Malouf explicou a Permínio que a Seduc seria usada neste processo e que após o aceite, foi então apresentado a ele, através do ex-coordenador financeiro, o empresário Giovani Guizardi, proprietário da Dínamo Construtora.

“O Alan me perguntou se poderia, através da secretaria, fazer a captação de recursos ilícitos, que seriam usados para fazer esta complementação salarial, além de ter de volta o investido por ele e pelo grupo na campanha. Nesta oportunidade, ele me apresentou o Giovani Guizardi. Foi no final de janeiro, com o governo já iniciado, no escritório dele. Era necessário que eu designasse uma pessoa da minha confiança, para passar algumas informações de dentro da Seduc, e que eu também não interferisse na escolha do diretor de infraestrutura educacional, que seria indicado pelo Alan e pelo Guilherme Maluf. Eu designei então o Fábio Frigeri, para esta missão”, afirmou.

Segundo Permínio, o responsável por fazer a cooptação dos recursos ilícitos era Giovani Guizardi. E foi justamente a postura do empresário, segundo o ex-secretário, que colocou fim ao esquema na Seduc. No depoimento, o ex-gestor afirmou que o dono da Dínamo Construtora era bastante truculento com os prestadores de serviço, o que fez com que ele pedisse a Alan a saída do interlocutor do esquema.

“Eu tive a perfeita dimensão do problema que tínhamos causado, tendo em vista a truculência que houve por parte do Giovani Guizardi, na relação com os prestadores de serviço. Chamei o Fábio Frigeri e disse que precisava retornar ao Alan Malouf para dizer que não queria mais saber do Guizardi na Seduc e que queria encerrar aqueles procedimentos lá. Era o Guizardi que fazia a coopção dos prestadores de serviço e pedia os recursos ilícitos. Foi a forma com a qual ele fazia tudo isso que decidi pedir ao Alan, em uma conversa dura, dizer que não queria mais o Giovani lá. Ele até sugeriu que eu indicasse outro nome para substituir, mas nós queríamos mesmo era acabar com as ilicitudes que vinham acontecendo. Foi sugerido ainda que o Fábio substituísse, mas negamos. Em janeiro de 2016, então, tudo se encerrou e o Giovani nunca mais pisou na Seduc”, completou.

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