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Justiça Sábado, 28 de Janeiro de 2017, 11:45 - A | A

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Sábado, 28 de Janeiro de 2017, 11h:45 - A | A

PETROBRAS E EMPREEITEIRAS

Novo depoimento de Cerveró pode ligar Lava Jato à Ararath

RENAN MARCEL

As informações contidas no novo depoimento do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, podem revelar uma aproximação entre os fatos investigados pela Operação Lava Jato e os que estão no âmbito da Operação Ararath, a maior envolvendo agentes políticos de Mato Grosso.

 

Reprodução/HiperNoticias

silval e nestor

 

Isso porque a Petrobras teria pago, “por fora”, construtoras e associações não governamentais para a realização de obras públicas no estado, lançadas na gestão ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso desde setembro de 2015 sob acusação de liderar esquemas de corrupção. No convênio, ela ficou responsável por fornecer lama asfáltica para as obras.

 

Na lista das empresas pagas pela Petrobras estão as construtoras Três Irmãos Engenharia, sócia da Juruena Participações S.A, que já foi alvo da Polícia Federal em uma das fases da Lava Jato; e a Encomind    Engenharia, Comércio e Indústria Ltda, que foi adquirida pela empresa empresa Guaxe - Construtora e Terraplenagem Ltda. Essas duas últimas foram alvos da Operação Ararath.

 

Os pagamentos da Petrobras a essas empresas chegaram a R$ 108 milhões e os acordos foram celebrados em 2013, pela extinta Secretaria de Transporte e Pavimentação (Setpu), hoje denominada  Secretaria de Infraestrutrua (Sinfra), e pela Secretaria de Fazenda (Sefaz).

 

O governo estadual à época abriu mão de arrecadar valores referentes ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), devidos pela Petrobras Distribuidora S/A. O Estado determinou que os valores da dívida fossem pagos, diretamente, às empreiteiras ou associações responsáveis pelas obras. Inicialmente, a Petrobras deveria fornecer materiais às empresas, como massa asfáltica, mas o pagamento acabou ocorrendo em dinheiro. Conforme o Tribunal de Contas do Estado (TCE), cerca de R$ 108 milhões deixaram de ingressar nos cofres públicos.

 

nestor cervero

Em novo depoimento, Nestor Cerveró citou o ex-governador Silval Barbosa

 

Os detalhes das informações de Cerveró estão sob sigilo por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, já falecido, e vão tramitar em um outro processo até que haja uma nova decisão. Sabe-se que Cerveró tentou aditivar o termo de delação premiada, mas o pedido foi negado pro Zavascki.

 

Em maio do ano passado, o conselheiro Sérgio Ricardo, do TCE, determinou que o atual secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Duarte Monteiro, instaure uma tomada de contas especial em 46 termos de compromisso celebrados pela Sinfra e pela Sefaz com construtoras e associações, que foram pagas, “por fora”, pela Petrobras, na gestão de Silval Barbosa.  

 

Os advogados de Silval Barbosa informaram, por meio de nota, que souberam das acusações contra seu cliente por meio da impresa e que tais citações causam estranheza por terem ocorrido um ano após a homologação da delação de Ceveró. Além disso, argumentam que como as declarações que envolvem po ex-governador ainda não foram homologadas, elas não têm validade.

 

Confira nota na íntegra:

 

A defesa do ex-governador Silval Barbosa, diante da notícia de que Nestor Cerceró teria citado seu nome em complemento a sua colaboração premiada na operação lava-jato, esclarece que tomou conhecimento do fato apenas pela imprensa. 

 

Do que se pôde averiguar, o complemento da colaboração, onde supostamente teria aparecido o nome do ex-governador, não foi homologado pelo saudoso Ministro Teori Zavascki, o que afasta a validade de suas declarações. 

 

Importa ressaltar que o contexto em que apareceu o nome do ex-governador Silval Barbosa também não foi revelado. Impossível, pois, concluir tenha sido envolvido em qualquer fato desabonador. 

 

Mesmo sem ter tido acesso ao suposto complemento de depoimento, sua aparição mais de um ano depois do original causa severa estranheza. Será profundamente averiguado o que motiva Nestor Cerveró a citar o nome do ex-governador apenas neste momento, e, também, a quem interessa o vazamento destas informações. 

 

Até agora as autoridades não atuaram no sentido de descobrir de ontem partem, para onde vão e quais os motivos que determinam o vazamento de informações que deveriam ser sigilosas.

 

 

Leia mais:

 

Cerveró cita Silval Barbosa em novo depoimento da Lava Jato

 

TCE determina auditoria em pagamentos da Petrobras a empreiteiras

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