Na prisão, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, tinham o acordo de “se defender” e por isso passaram tanto tempo alegando inocência até que Nadaf, tido como “braço direito e esquerdo” do então governador decidiu por assumir seus crimes e entregar todo o esquema após um ano de prisão.
Em carta endereçada ao ex-governador, Nadaf pede desculpas por “todas as situações vinham acontecendo” enquanto estavam presos. Visto que já se foram seis operações, cinco Sodomas e uma Seven, para investigar os desvios ordenados por Silval e concretizados por Nadaf. O Silval mandava e ele cumpria”, afirma o advogado do ex-secretário, Omar Khalil.
Durante seus depoimentos, por diversas vezes o ex-governador afirmou que era Pedro Nadaf quem cuidava de suas contas, buscava maneiras de obter recursos das mais diversas fontes e quitar as pendências.
Para o defensor de Nadaf, as declarações do ex-governador não comprometem seu cliente, uma vez que ele já tinha assumido sua posição de atuação efetiva dentro da organização criminosa.
A forma como Silval informa sobre o papel de Nadaf, tão atuante dentro da organização, às vezes sugere que o próprio ex-secretário estaria a frente das tratativas ilegais. Fato que é rebatido pelo defensor. “Não tem nada de líder. Como Silval já, disse, Nadaf era seu braço direito e esquerdo. Quando havia alguma dívida era ele quem buscava meios de sanar essa conta”, relata.
O jurista afirma que nada do que Silval vem confessando é novidade e que, até mesmo, o teor da carta que Nadaf mandou para o chefe já tinha sido declarado ao Ministério Público Estadual e Federal (MPE-MPF).
Na correspondência, além de pedir desculpas a Silval, Nadaf solicita dinheiro emprestado para pagar seu advogado. A carta foi anexada aos processo da Operação Sodoma que investiga a organização criminosa e a cobrança de propina do empresário João Rosa, dono do grupo Tractor Parts.
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