A delação do ex-secretário Pedro Nadaf contraria as declarações que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) tem oferecido desde que decidiu assumir seus crimes. Um dos pontos de contradição é de que o réu não sabia que seu filho, Rodrigo Barbosa, recebia dinheiro de propina repassados pelo então secretário Pedro Elias.
De acordo com a delação estabelecida junto ao Ministério Público Federal (MPF), Rodrigo Barbosa buscava “receita ilícita” junto a organização criminosa e frequentemente era visto em reunião com seu pai no Palácio Paiaguás.
“Que presenciou o ex-governador repassando cheques de propinas para Rodrigo Barbosa, pois como esclarecido, tinha ele a missão de honrar alguns compromissos da organização criminosa como também promover a ocultação destes valores em casas de fomento que operavam com Silval Barbosa”, diz trecho da delação.
Em seu depoimento, no qual assume como se deram as fraudes em seu governo, Silval afirma que houve a tratativa entre seu filho e Pedro Elias para que ele recebesse dinheiro de propina da empresa Webtech, de Júlio Minori. No entanto ressalta que posteriormente a negociação é que soube do envolvimento do filho.
O ex-governador conta ainda que Pedro Elias e Rodrigo negociaram a cobrança de propina da empresa Web Tech, do empresário Júlio Minori, e que ambos receberam os valores ilícitos. A negociata correu no ano de 2011 e o próprio empresário teria proposto o acordo. Mironi disse que já tinha contrato com o Estado desde o governo anterior e que queria mantê-lo. Para isso estava disposto a continuar pagando a propina ao grupo criminoso. Tais valores foram repassados para o secretário e para Rodrigo Barbosa.
Na última semana, o ex-governador foi reinterrogado e disse que depois que houve a cobrança da propina seu filho lhe contou que que tinha recebido os valores.
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