Mendes desconhece extorsão por jornalista

REDAÇÃO

O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), foi a última testemunha a ser ouvida na tarde desta quarta-feira (18) pela juíza da Sétima Vara Criminal da cidade, Selma Rosane Arruda, no processo que investiga suposta extorsão praticada pelo Grupo Milas de Comunicação, comandado pelo jornalista Antônio Carlos Milas e seus filhos Max e Maicon Feitosa Milas.

Alan Cosme/HiperNoticias

Mendes informou que conhece apenas Antonio Carlos Milas. Inclusive moveu ações contra o réu, devido a matérias publicadas que prejudicavam a sua imagem.

Segundo o ex-prefeito, nunca foi pedido qualquer valor indevido diretamente a ele.

Mendes disse que não sabe se houve a tentativa de extorsão ao ex-secretário de Gestão Pascoal Santullo, pois não tratava diretamente com os veículos de comunicação. De qualquer forma, a orientação era para que não cedessem em caso de eventual tentativa de extorsão.

Também foi ouvido nessa tarde o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembro de 2015, que negou ter sido vítima de extorsão, mas admitiu pressão de jornalista para pagar uma dívida com um veículo de comunicação, cujos proprietários foram presos e denunciados pela Operação Liberdade de Extorsão, desencadeada em 2016, pela Polícia Civil.

O ex-secretário da Casa Civil de Mato Grosso na gestão Silval Barbosa, Pedro Nadaf, também foi arrolado para depor como uma das vítimas da extorsão empregada pelo Grupo Milas de Comunicação.

À juíza, Nadaf confirmou que pagou R$ 200 mil e esse valor foi retirado da quantia desviada com a desaproprição de uma área no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. A venda desse terreno gerou a última fase da Operação Sodoma.

Segundo Nadaf, que preferiu prestar esclarecimentos sem a presença dos réus, o valor da extorsão foi dividido em uma entrada de R$100 mil em dinheiro e o restante em três cheques.

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