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Justiça Segunda-feira, 15 de Abril de 2019, 17:40 - A | A

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Segunda-feira, 15 de Abril de 2019, 17h:40 - A | A

ESPERANÇA

Mãe reencontra filho depois de cinco anos desaparecido

REDAÇÃO

Alex Moça, surdo e com deficiência mental, deixou Manaus (AM), onde morava com a mãe, e veio parar em Cuiabá, onde, com a ajuda da Instituição, reencontrou sua mãe nesta segunda-feira (15/4)

Assessoria

Defensoria Publica

 

Cinco anos após sumir de sua casa, em Manaus (AM), o deficiente auditivo e mental, Alex Farias Moça, 34 anos, voltará para casa às 6h10 desta quarta-feira (17/4), acompanhado de sua mãe, Dagmar Gomes Farias. O reencontro só foi possível após a Defensoria Pública de Mato Grosso induzir vários órgãos a formar uma “força tarefa” para identificar e localizar parentes de Alex no Estado e no país.

A ação envolveu o trabalho da Polícia Judiciária Civil (PJC), do Instituto Nacional de Identificações, da Defensoria Pública do Amazonas e da secretaria de Assistência Social de Cuiabá, que a partir de janeiro de 2019, iniciaram os primeiros contatos com Alex, que buscou a DPMT para tirar a segunda via do documento de identificação.

O primeiro contato dele com a Instituição foi no dia 11 de janeiro de 2019, quando, acompanhado de “Marcelo”, disse que tinha perdido seus documentos e precisava tirar a segunda via do Registro Geral (RG). Na ocasião, ele disse que se chamava André Gomes Ferreira. Porém, desde o início foi muito difícil para a Defensoria atendê-lo em função das limitações e dificuldades de comunicação.

Uma das assistentes sociais que atou no atendimento, Eluidil Fontes, explica que ele não conhece a língua de sinais e não é alfabetizado, o que os levou a se falarem com gestos, o que dificultou o entendimento do que ele precisava. O próximo contato foi no dia 21 do mesmo mês, na ocasião, após muita dificuldade, ele foi informado que precisaria trazer um Boletim de Ocorrência registrando o extravio dos documentos.

“Diante da situação, sem que conseguíssemos nos comunicar direito, decidimos entrar em contato com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), da Polícia Civil, e eles nos informaram, no dia 25 de janeiro, que com o nome de André G. Ferreira, existia uma identidade em Mato Grosso, mas, que após o confronto das digitais, eles verificaram que não era do rapaz que auxiliávamos”, explica a assistente.

A partir de então, Alex passou a procurar a Defensoria diariamente para conseguir seus documentos e a equipe multidisciplinar do órgão, composta por defensores, assistentes sociais, assessores jurídicos e psicólogas, decidiu procurar a Delegacia de Homicídios e Pessoas Desaparecidas, para pedir ajuda na divulgação de sua imagem. “Foi quando tivemos resultados concretos, com apoio da Polícia e da Imprensa”, lembra Eluidil.

No dia 18 de fevereiro deste ano, o Núcleo de Pessoas Desaparecidas de Cuiabá, recebeu informações da Defensoria Pública do Amazonas, relatando que André, na verdade se chamava Alex e que ele fazia parte do banco de dados de pessoas desaparecidas da Polícia Civil daquele Estado. A Defensoria do Amazonas atende a mãe de Alex.

De posse das informações, a Defensoria do Amazonas buscou passagens para Dagmar vir buscar o filho e também, para levá-los de volta para casa. A DPMT conseguiu auxílio da secretaria de Assistência Social para acolher a mãe de Alex até quarta-feira e hoje, os órgãos o levarão até a mãe, para que possam se reencontrar.

“Aqui somos uma equipe e para nós, a solução desse problema é uma vitória, uma grande felicidade. Não falamos com a mãe ainda, mas ela estava desesperada atrás dele e já tinha desistido de procurar, até que surgiu a informação de que ele estava em Cuiabá. Depois disso, ambos passaram a pedir, todos os dias, que a situação fosse resolvida logo. É muito importante ver o resultado positivo desse trabalho. Nessas horas, percebemos que a Defensoria Pública faz diferença na vida das pessoas”, disse a assistente social Nildiane Coelho.

Ela lembra que a assistente jurídica Jezibel Magalhães, que trabalha com a coordenadora do Balcão da Cidadania, defensora pública Danielle Dorilêo, enviou ofícios para os 13 cartórios da cidade de Manaus (AM), para solicitar documentos sobre o Alex, depois que descobriram que ele havia nascido naquela capital. “Hoje temos a certidão de nascimento dele, para entregar para a mãe. Foi uma atuação trabalhosa, mas que nos deixou muito satisfeitos”, conclui a assistente.

O avião de Dagmar chegou às 17h, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Alex foi ao encontro da mãe com uma equipe da secretaria de Assistência Social do Município de Cuiabá.

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