Há quase 11 anos, Rosinéia Guimarães vive a angustia de ver o assassino de seus dois filhos impune. Os dois adolescentes foram atropelados, em frente a casa em que moravam, por um motorista embriagado. O duplo homicídio aconteceu em novembro de 2007 e até hoje o motorista não foi a julgamento.
Durante o lançamento da campanha Lei Seca ocorrida essa semana na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), a mãe contou seu drama perante as autoridades presentes e cobrou punição para o homem que tirou os adolescentes de seus braços. Rosinéia, que vive na pela o sofrimento causado pela combinação de álcool e volante, pediu mais responsabilidade aos condutores.
Para lembrar a morte dos filhos, a mulher convoca, também, a comunidade para missa o dia 11 de fevereiro, as 19 horas, em frente a Igreja Matriz de Poconé. A data foi escolhida em menção aos aniversários de Katherine Louise Guimarães Bittencourtt e Diego Guimarães Bittencourt que celebrariam mais um ano de vida em fevereiro.
“Eles gostavam muito de festa e por isso decidimos sempre fazer uma celebração para lembrar a data. É uma forma também de lembrar todo esse tempo em que não há punição para o responsável”, conta a mãe. “Há 11 anos não ouço meus filhos me chamarem de mão. Há 11 anos comemoro o aniversário deles indo aos seus túmulos e chorar muito”, desabafa emocionada.
No dia do acidente, o motorista havia participado de uma festa na cidade e consumindo bebidas alcoólicas. Ele saiu da festividade dirigindo e atropelou as duas vítimas que estavam em uma moto parados em frente a casa onde moravam. Investigações apontaram que o acusado estava a 134km/h quando matou os irmãos.
“Ele bateu atrás da moto e arremessou as crianças cerca de 50 metros longe do local da batida. Ele só parou quando chocou contra um poste. Saiu do carro cambaleando e fugiu sem prestar socorro às vítimas”, lembra Rosinéia.
Os irmãos tinham saído para almoçar com o pai e voltavam para casa quando foram atropelados. Na época, Katherine tinha 20 anos e Diego 14.
Desde o crime o julgamento do motorista não teve nenhuma marcação e a mãe tem esperando que o motorista seja julgado até abril desde ano, conforme consta na ação.
“É muito complicado falar da morte de meus filhos. É uma dor de todo dia. As pessoas dizem que com o tempo passa, mas não passa. O pior de tudo é a sensação de impunidade. A sensação de quem pessoa pode matar seus dois únicos filhos e não acontecer nada com ela”, relata.
Após a missa a mãe e familiares irão promover um protesto, em frente a igreja, contra a impunidade que se estende por mais de uma década.
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