O delegado aposentado, Ronaldo Antônio Osmar, 65 anos, foi condenado a 14 aos e três meses de prisão pelo assassinado do missionário jesuíta espanhol Vicente Cañas Costa. O crime ocorreu em 1987 em uma reserva indígena em Juína (744 km de Cuiabá). O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (30), na sede da Justiça Federal de Cuiabá. Apesar da condenação o réu poderá recorrer em liberdade.
O policial foi submetido a um primeiro júri popular em 2006 e conseguiu a absolvição. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da sentença e, após 11 anos, o delegado passou por novo julgamento e recebeu a condenação.
Em solidariedade a memória do missionário morto, muitos indígenas assistiram ao julgamento que durou toda a tarde. A vítima militava em defesa dos índios e contra a invasão de terras pelos grandes fazendeiros. Ele vivia na comunidade de índios Enawenê Nawê .
O cadáver da vítima foi localizado em avançado estado de decomposição e apresentava marcas de violência e perfurações de faca pelo corpo. O local onde o espanhol morava estava toda revirada quando perceberam sua ausência.
Na época, as investigações apontaram o delegado seria o mandante do crime em um plano arquitetado juntamente com produtores rurais que tinham interesse na área de reserva.
Na época o delegado era responsável pela Polícia Civil de Juína e comandou as investigações, na tentativa de atribuir a morte do missionários aos indígenas.
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