A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, decidiu por indeferir o pedido de revogação de prisão formulado pelo ex-vereador João Emanuel Moreira, detido desde setembro do ano passado acusado de liderar quadrilha de estelionatários. Os crimes são investigados na Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Civil.
A defesa argumenta que os crimes atribuídos ao cliente não são violentos e que ele não representa perigo à sociedade. Os advogados requerem ainda medidas cautelares, mas que não seja arbitrada fiança, pois o acusado não teria recursos para o pagamento.
O pedido teve parecer contrário do Ministério Público Estadual (MPE) que manifestou pela manutenção da custódia do réu.
A decisão da magistrada é desta quinta-feira (1) e leva em conta a periculosidade que a liberdade do acusado representa para a tramitação processual. E medidas cautelares não seriam o suficientes para garanti a ordem.
“Ademais, se considerarmos as graves acusações como verdadeiras, o que obviamente exige prova cabal, mas que, são fortes os indícios de que realmente ocorreram conforme narradas na denúncia, o requerente demonstra alto grau de periculosidade, o que é inerente a membros desse tipo de organização criminosa, e total desrespeito pelas regras que regem a vida em sociedade”, ressalta a juíza.
“Em outras palavras, nenhuma outra medida cautelar é capaz de produzir os efeitos desejados e suficientes à garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, continuou.
A Operação apura a ação de uma quadrilha que seria liderada pelo ex-vereador e pelo presidente do Grupo Soy, Walter Dias Magalhães. Conforme o MPE, o grupo oferecia falsos empréstimos a empresários e produtores rurais que teriam que oferecer uma quantia inicial para que o empréstimo fosse efetivado. No entanto, mediante o pagamento, os acusados sumiam deixando as vítimas com o prejuízo do valor investido para o empréstimo e também contas decorrentes do golpe. Alguns foram a falência após cair no golpe.
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