A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, negou o pedido feito pela defesa do jornalista Max Milas para a retirada da tornozeleira de monitoramento eletrônico. A magistrada quer saber também os horários que o réu da Operação Liberdade de Extorsão frequenta o culto religioso e o endereço do templo.
A decisão de juíza foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta quarta-feira (19) e pondera que não houve fato novo que a convencesse a substituir as medidas cautelares como solicitado pelo réu.
Milas está sob monitoramento e pode sair da Clínica JFK – Centro de Recuperação de Dependentes Químicos, onde está internado para tratamento, apenas para as audiências. Após o fim da internação ele deverá cumprir também as cautelares de recolhimento domiciliar no período noturno, feriados e finais de semana e comparecimento ao juízo para comprovar suas atividades.
A defesa do jornalista pediu que ele pudesse ser liberado para frequentar os cultos, no entanto a juíza requereu que antes de decidir seja fornecido os horários e o endereço das cerimônias religiosas que o réu quer frequentar.
Além do item, o réu requereu autorização para visitar familiares aos fins de semana e deslocamento até sua empresa para fechamento do jornal. A magistrada requereu todos os endereços para posterior decisão sobre os pedidos.
Liberdade de Extorsão
O jornalista citado faz parte dos veículos de comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, e foram presos durante a "Operação Liberdade de Extorsão", da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
Segundo investigação, o grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado de cada vítima variada de acordo com o poder aquisitivo de cada um, podendo variar de R$ 100 mil a R$ 300 mil. Max Milas, Maicon Milas, Antonio Carlos Milas, mais dois comunicadores, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres Pacheco, foram detidos na operação.
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