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Justiça Terça-feira, 14 de Março de 2017, 16:08 - A | A

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Terça-feira, 14 de Março de 2017, 16h:08 - A | A

CASTELO DE AREIA

João Emanuel revela contrato de 1 milhão de dólares e nega arquitetar morte de juíza

JESSICA BACHEGA

 

Jessica Bachega - HiperNotícias

João Emanuel

 Após ser preso em setembro do ano passado, João Emanuel é ouvido pela primera vez

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, interroga na tarde desta terça-feira (14) as testemunhas de defesa arroladas pelo vereador cassado João Emanuel no processo referente à Operação Castelo de Areia.

 

Deflagrada no ano passado, a operação desbaratou um grupo criminoso, supostamente liderado por João Emanuel, que aplicava golpes oferecendo empréstimos milionários a juros atrativos a longo prazo para pagamento. Em contrapartida, para efetivar o empréstimo, o grupo exigia um depósito por parte das vítimas. Assim que o dinheiro era repassado ao grupo, os golpistas desapareciam.

 

Segundo a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investiga o caso, houve registros de vítimas em Mato Grosso e em outros estados. Os golpes aplicados pelo suposto grupo somam mais de R$ 50 milhões, conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE). João Emanuel está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CC) desde o dia 16 de setembro de 2016, por conta da Operação Castelo de Areia.

 

A primeira testemunha a ser ouvida na audiência na Sétima Vara Criminal é o prestador de serviço Silas de Lima. Ele foi arrolado pela defesa de João Emanuel. Silas trabalhou para o empresário Walter Dias Magalhães durante cerca de dois meses no ano de 2015.

 

Ele relata que trabalhava na elaboração de projetos para a captação de fundos no exterior e que nenhum de seus projetos foi aprovado por Walter, que era o responsável por todas as decisões e pelo direcionamento do dinheiro do Grupo Soy. Walter presidia o grupo e é apontado nas investigações como um dos líderes da suposta quadrilha de estelionatários.

 

Segundo ele, João Emanuel era o CEO da empresa e acompanhava os clientes a fim de providenciar documentação para os supostos empréstimos.

 

Conforme a testemunha, houve uma queixa crime contra Walter e também houve prejuízo de cerca de R $85 mil enquanto trabalhou com Walter. Questionado sobre a queixa crime a testemunha foi orientada por seu advogado a não responder sobre o fato.

 

O promotor Samuel Frungilo acompanha a audiência e ressalta que a testemunha também é investigada em um desmembramento da ação.  Ele questiona se Silas já tinha sido processado em ação semelhante. A testemunha nega e ressalta que até mesmo adoeceu por conta das investigações e do prejuízo que um de seus clientes sofreu.

 

A testemunha ressalta que o chinês Mauro Chen frequentava o Grupo Soy e foi apresentado a ele como o representante de fundo internacional.  Não havia intérprete para o chinês, que falava português com dificuldade,  segundo Silas.

 

O ex-vereador João Emanuel começou o depoimento falando que sofre de problemas cardíacos. Ele já tem  uma condenação por corrupção de 18 anos.  E no depoimento desta terça-feira alega que as acusações de estelionato que recaem sobre ele na Operação Castelo de Areia são falsas. João Emanuel diz que começou a prestar serviços jurídicos para Walter Dias em maio de 2015.

 

Segundo João Emanuel, o presidente do grupo Soy, Walter Dias, chegou a mostrar para o ele dois extratos bancários, com valores disponíveis para empréstimos em bancos no exterior. Um dos extratos era de 53 bilhões de libras e o outro de 23 bilhões de euros. "As documentações que me apresentou davam a entender que as transações eram verdadeiras" relatou o réu João Emanuel. 

 

De acordo com o acusado, a cada vez que uma negociação não dava certo, Walter apresentava justificativa consistentes para explicar porque as tramas não tinham "vingado". João Emanuel diz que trabalhou para o Grupo Soy entre maio e dezembro de 2015 e se desligou por falta de pagamento e compromisso por parte de Walter. Os advogados João Emanuel,  Lázaro Moreira e Irenio tinha um contrato de cinco anos com o Grupo Soh com renda de 1 milhão de dólares por ano para ser dividido entre os três.

 

Emanuel diz que, além dos honorários, Walter ficou devendo cerca de U$ 400 dólares. De acordo com João Emanuel, também foram recebidos carros como forma de pagamento,  mas depois descobriram que as parcelas dos veículos também não estavam sendo pagas.

 

"O senhor Walter e tão mentiroso nas suas falas que até mesmo disse que eu arquitetei a morte da magistrada", disse o vereador cassado. Ele ressalta ainda que Walter disse em seu depoimento que o acusado Irenio Fernandes de Lima,  entãouiz do Tribunal de Justiça,  teria auxiliado a juíza Selma Arruda em procesos de nepotismo que supostamente respondia.  A juíza interrompe e ressalta que nunca respondeu a processo de nepotismo. 

 

O promotor salienta que a versão dos fatos apresentada por João Emanuel é surreal."O senhor foi contratado por R $1 milhão para fazer um calhamaço de papel? Esse trabalho não resultou em nada?", questiona o promotor Samuel Frungilo.

 

"Nós não só fomos todos enganados pelo senhor Walter como também tivemos prejuízos financeiros " resultou o réu.

 

João Emanuel ressalta que foi condenado a 18 anos enquanto Marcelo Odebrech que está em todos os noticiários foi condenado a 19 anos. "Espero que a toga não seja usada como trampolim político. Que o judiciário nao seja utilizado para isso" frisou

 

 

 

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