O índio Ricardo Vieira Cinta Larga, conhecido como “Poeira”, foi absolvido em júri popular realizado na Justiça Federal, nesta segunda-feira (3). O julgamento teve início por volta das 08h30 e foi encerrado em torno das 15h30.
A sentença foi proferida pelo juiz federal Francisco Moura Júnior, após a leitura dos votos do Conselho de Sentença que optou por inocentar o homem acusado de matar uma família inteira na idade de Juína (distante 754 km de Cuiabá), no ano de 1991.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), um grupo de índios Cinta Larga teria invadido a Fazenda Damiani localizada no loteamento Duas Barras, no município de Juína.
Os corpos de quatro vítimas foram encontrados no caminho da casa onde a família residia. Uma quinta vítima, menor de idade, não teve o corpo encontrado, mas supõe-se que também tenha sido morta. Os corpos foram encontrados já em avançado estado de decomposição.
As vítimas foram Laor Campos de Oliveira, Leonora Campos de Oliveira, Vanderleia Campos de Oliveira, Delmiro Campos de Oliveira e Carlos Antônio Leandro, a época menor de idade, e que teve o corpo desaparecido.
O réu foi acusado de ter cometido o crime juntamente com o indígena Aristino Siqueira Churapi, que já faleceu.
No julgament, o réu contou que ele e os índios da aldeia do Seringal, da qual o cacique era Lampião Cinta Larga, haviam feito uma fiscalização na área da Terra Indígena e identificado que os trabalhadores rurais estavam roçando a mata dentro da reserva e levaram a situação para a aldeia. Foi então que o cacique Lampião determinou que os índios fossem até lá. Ricardo era genro de Lampião e por isso, mesmo doente, chegou a se deslocar para o local, mas ficou com medo e correu.
O crime foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) por se tratar de briga motivada por disputa de terras.
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