O réu Rosivaldo Souza da Silva foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra Edson Martins da Cruz. Os disparos atingiram a cabeça e o tórax da vítima. O crime ocorreu em 2010.
Rosivaldo foi submetido a júri popular na última sexta-feira (7) e a sentença proferida pela juíza Mônica Catarina Perri, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, foi para liberdade do réu.
Alan Cosme/HiperNoticias
O Ministério Público Estadual (MPE) sustentou que o acusado efetuou os disparos e não ofereceu chance de defesa à vítima, que sobreviveu porque foi localizada por policiais e encaminhada para atendimento médico.
O acusado admitiu que tentou matar Edson e que se arrependeu, pois estava muito nervoso, visto que a vítima tinha invadido sua casa e levado seus pertences. O conselho de sentença reconheceu que houve a tentativa de homicídio, mas votou por absolver o homem.
Narra a denúncia, que no dia 15 de dezembro de 2010, Rosivaldo atirou várias vezes contra Edson, em uma das ruas do bairro Voluntários da Pátria, na região do Pedra 90. Após os disparos ele fugiu, abandonando a vítima ensanguentada no local do crime.
Policiais que faziam rondas pelo bairro encontraram o ferido e o levaram para a Policlinica do Pascoal Ramos e, posteriormente, para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Ele apresentava perfurações na cabeça e no tórax. Estava consciente e indicou o autor dos disparos.
Os policiais foram até a casa do suspeito de furto, no mesmo bairro, e o prenderam.
Em interrogatório, Rosivaldo disse que no dia do crime tinha saído para trabalhar, assim como sua esposa, e quando voltou encontrou a porta da casa arrombada. Percebeu que vários objetos tinham sido levados e vizinhos apontaram que viram Edson e comparsas saindo do imóvel empurrando um carrinho de mão com coisas enroladas em um lençol.
O suspeito conhecia Edson “de vista” e passou a percorrer as ruas do bairro a sua procura. No início da noite, Rosivaldo estava em frente a sua casa quando viu a vítima passando pelo local e o abordou. Edson então disse que tinha furtado os objetos e que estava na casa de seu cúmplice. Ambos foram até o endereço indicado, mas nada foi localizado.
Saindo para a rua, Rosivaldo atirou contra Edson fugindo em seguida. Ele admitiu o crime e apresentou a arma usada aos policiais. O acusado não tinha registro da arma nem licença para usá-la. Disse que comprou de uma pessoa no bairro Praeiro, por R$ 500.
Apesar da decisão ter sido pela liberdade do réu, o caso sabe recurso por parte da defesa da vítima.
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