A Segunda Câmara Criminal votou pela manutenção da prisão dos acusados de envolvimento na Operação Sodoma. O ex-secretário José Jesus Nunes Cordeiro, e do ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cezar Corrêa Araújo continuam detidos. Os habeas corpus dos dois acusados foram julgados na tarde desta quarta-feira (3).
Nos meses de maio e junho, a mesma Câmara havia negado o pedido de liberdade ao coronel, que é citado como o “braço armado” do esquema supostamente comandado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
O coronel se entregou à Polícia Civil no dia 23 de março, na sede da Delegacia Fazendária (Defaz), e segue preso no Centro de Custódia da Capital desde então.
O ex-secretário-adjunto é suspeito de integrar um esquema de pagamento mensal de propina para o financiamento de campanhas eleitorais. As negociatas foram descobertas durante a terceira fase da Operação Sodoma.
Em depoimento, o empresário Willians Paulo Mischur, também acusado de participar do esquema, afirmou que pagou propinas mensais de R$ 500 mil a R$ 700 mil ao longo de quatro anos. Empresários afirmaram que o coronel fazia ameaças para garantir o pagamento da propina.
José Cordeiro foi preso também por suposto envolvimento no caso investigado pela Operação Seven, que apura a compra superfaturada de um terreno que já pertencia ao Estado.
Já o assessor Sílvio Cezar Corrêa Araújo, também ex-chefe de Gabinete de Silval, foi preso na Operação Sodoma 3, após ser mencionado pelo empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que informou que o assessor tentou coagi-lo dizendo que o Estado cancelaria o contrato com a empresa caso ele não pagasse a propina exigida. O empresário relatou, em juízo que chegou a pagar R$ 500 mil mensais para a manutenção do seu contrato.
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