Ex-prefeito detalha que foi vítima de magia negra durante campanha

O juiz eleitoral Walter Tomaz da Costa, da 23° zona de Colíder (650 km de Cuiabá), absolveu o ex-prefeito de Itaúba (580 km de Cuiabá), Raimundo Zanon (PSD), da acusação de injúria feita por sua oponente nas eleições de 2012, Rosana Rebussi (PDT). Ele disse em propaganda eleitoral que a concorrente estaria utilizando magia negra contra ele a fim de ganhar as eleições.

Reprodução

 Ex-prefeito Raimuno Zanon desenterrou os objetos da magia

Na decisão, o juiz considerou o depoimento de uma testemunha que apresentou detalhes do fato compatível com a versão apresentada pelo ex-prefeito e também fotos dos objetos encontrados no local onde o ritual foi realizado. Somadas as provas, o magistrado considerou como verdadeira a denúncia de magia negra a absolveu o Walter Costa da acusação.

Segundo a ação do Ministério Público Eleitoral, durante um dos programas eleitorais o candidato disse que a oponente estaria utilizando de “bruxaria” para garantir sucesso no pleito.

A magia foi relata ao ex-prefeito por uma conhecida que disse ter presenciado o ritual, pois tinha ido até o cemitério da cidade, juntamente com a candidata, e que esta teria enterrado uma cabeça de porco aos pés de um dos cadáveres.

Diante do magistrado, o acusado disse que estava nervoso com a situação e por isso citou a bruxaria em seu programa eleitoral. O ex-prefeito contou que após ser informado da situação, foi até o cemitério conferir se era mesmo verdade. No local, encontrou um vidro de maionese contendo sangue e outros objetos, além dos nomes dele e de seus familiares.

“Além disso, encontrei uma cabeça de porco enrolada num pano preto e dentro da cabeça havia os nomes e fotos minhas e de minha família. Fiquei apavorado com tudo aquilo, ao que me veio, em seguida, um sentimento de revolta, razão pela qual falei em minha propaganda eleitoral que a vítima, minha adversária política, mexia com ‘macumba’ e magia negra. Mas falei em um momento de desabafo”, disse.

A versão apresentada pelo ex-prefeito foi confirmada pela testemunha Ana Aparecida de Souza, que trabalhou na campanha de Rosana Rebussi naquele ano.

A testemunha relatou que a candidata comprou uma cabeça de porco e levou até a religiosa para que fizesse a magia contra o prefeito. Que Rosana seguiu as orientações repassadas e foi até cemitério, onde acendeu velas vermelhas, fez orações e enterrou a cabeça contendo nomes do prefeito e familiares em uma das sepulturas.

A testemunha disse que ficou preocupada com o “trabalho” feito e contou a Raimundo Zanon. Este, por sua vez, foi até o cemitério e desenterrou a cabeça.

Em depoimento, a vítima Rosana havia negado qualquer envolvimento com magia negra e que é protestante.

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