O reinterrogatório do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que estava marcado para a manhã desta quarta-feira (9) foi cancelado. A defesa do preso solicitou na tarde desta terça-feira (8) a suspensão da audiência.
Alan Cosme/HiperNoticias
Advogado Ulisses Rabaneda atua na defesa de Silval Barbosa
O advogado de Silval, Ulisses Rabaneda, informou que após o reinterrogatório do ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi e do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silvio Correa, os pontos a serem esclarecidos por Silval Barbosa já foram sanados.
“Argumentamos que as ponderações que Silval iria fazer já foram atendidos nos reinterrogatórios de Silvio e Cursi. De forma que pedimos o cancelamento do reinterrogatório que havíamos solicitado”, declarou o jurista.
O ex-governador está preso desde setembro do ano passado, no Centro de Custódia da Capital (CCC), acusado de liderar uma organização criminosa que atuava promovendo desvios de dinheiro público, cobrando propinas de empresas em troca de manutenção de contratos e oferecimento de incentivos fiscais.
Ele teve a prisão decretada em todas as fases da Operação Sodoma, porém conseguiu reverter a prisão nas duas primeiras fases. De forma que continua detido por conta das Operações Sodoma 3 e 4.
Em todos os depoimentos, Silval reforça sua inocência de que nunca participou de qualquer ato ilícito na sua gestão e que a organização investigada era integrada por secretários que agiam sem que ele soubesse.
Ele ressaltou ainda em seus interrogatórios que estava decepcionado com os secretários que o apontaram como líder do grupo.
“Me decepcionou pelas pessoas que fizeram as coisas erradas dentro do governo e hoje estarem em liberdade. O que vim dizer é que este processo é marcado por mentiras. É um processo complexo e tive a oportunidade de mostrar as contradições existentes", afirmou o ex-governador.
O ex-governador disse, em depoimento, que ficou sabendo da existência da organização criminosa depois que foi deflagrada a Operação Sodoma, em 2015.
“É muito triste ver essas pessoas que cometeram tais crimes, hoje, em liberdade. O que eu queria dizer é para que tenham um pouquinho de decência e não envolva o nome de outras pessoas. Que não têm nada a ver com isso, por exemplo meu filho”, declarou Silval.
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