O réu Silvio Cesar Corrêa, ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), afirma que as ameaças contra demais presos decorrentes da Operação Sodoma eram corriqueiras no Centro de Custódia da Capital (CCC) e confessa que tentou intimidar o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf.
Silvio é investigado em todas as fases da Operação que levou à cadeia ex-secretários que participaram do governo entre 2011 e 2014.
Em depoimento à Delegacia Fazendária (Defaz), relatado na decisão da juíza Selma Arruda, Silvio admite que em determinada oportunidade ele estava assistindo televisão junto com Nadaf e foi noticiada a celebração de acordo de delação de um dos colaboradores da Operação. Na oportunidade ele disse a Nadaf que "colaborador tinha que morrer".
Relata que os comentários dessa natureza são frequentes e, embora tenha dito ao Nadaf, jamais teria coragem de matar alguém.
O ex-assessor relata que sabia dos desvios e que agiu para a efetivação dos mesmos, mas que não recebeu valores pelo “serviço”. Conta que apenas uma vez recebeu R$ 25 mil do governador para que realizasse uma cirurgia e que retirou o dinheiro junto a Factoring Garantia Assessoria De Cobrança Ltda, do delator Filinto Muller, usada para “lavar” o dinheiro dos desvios.
O acusado assume que sua função do esquema era de cobrar propina dos empresários, recolher os valores e entregar a Silval e aos demais beneficiários dos desvios.
Ele deixou à disposição da Justiça, como fiança para deixar o Centro de Custódia, um imóvel no valor de R$ 472.916,03 que servirá como garantia de ressarcimento ao erário. Silvio saiu da carceragem junto com Silval, na noite desta terça (13). Ele permanecerá de tornozeleira eletrônica e ficará em prisão domiciliar.
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