José Mário Gonçalves, pai de Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, que foi envenenada pela madrasta Jaira Gonçalves de Arruda, 42 anos, afirmou que a filha era inteligente e estava sempre alegre. Durante o Tribunal do Júri, o homem lamentou a morte da filha e chorou diversas vezes. Ele contou ainda que enviou uma carta enquanto Jaira estava na prisão, antes de ser informado sobre o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O pai da menina afirmou que Mirella tinha uma vida normal, e que todos na família colaboravam pra a criação dela. Questionado sobre Jaira, a testemunha disse que ela tinha o gênio forte e era dominadora. Afirmou ainda que a acusada era responsável pelas finanças da casa.
“Eu sinto demais a morte da minha filha. Minha única filha. Eu sinto demais”, lamentou.
“Fiz de tudo para cuidar da menina, ia para o hospital. No início, era apresentou só paralisia e febre. Depois começou a ter vomito e diarreia. Mesma comida para todos”, disse.
Durante o depoimento, José lamentou a morte da filha e que está sozinho há mais de cinco anos. Além de Mirella, José também perdeu a esposa que morreu durante o parto da filha, a mãe e o pai dele.
No Júri, José afirmou que chegou a entrar em contato com Jaira após ela ter sido presa. À época, ele enviou uma carta para a mulher, no entanto alegou que após receber o resultado do laudo da necropsia, não enviou mais mensagens. Afirmou ainda que atualmente acredita que a filha foi mesmo envenenada e pediu justiça pela morte dela.
SOBRE O CASO
Um inquérito da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) concluiu que o crime foi premeditado e praticado em doses diárias durante dois meses. Jaira teria utilizado um veneno de venda proibida no Brasil.
O crime, segundo a Polícia Civil, foi cometido para que a madrasta ficasse com uma quantia de R$ 800 mil, que seria de uma herança que a menina tinha recebido ao nascer, fruto de uma indenização pela morte de sua mãe durante o parto dela, por erro médico.
Após a morte da mãe, a criança ficou sob os cuidados dos avós paternos. No entanto, os idosos morreram dois anos depois e, diante disso, Mirella passou a viver com o pai e Jaira. O trabalho investigativo apontou ainda a suspeita de que a madrasta teria envenenado o avô paterno da vítima, Edson Emanoel.
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