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Justiça Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2016, 15:52 - A | A

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Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2016, 15h:52 - A | A

PRESO POR CORRUPÇÃO NA SEDUC

Engenheiro preso por corrupção afirma que atendia e não questionava ordens de Permínio

JESSICA BACHEGA

O engenheiro Fábio Frigeri, preso na Operação Rêmora, presta depoimento nesta tarde à juíza Selma Arruda. Com uma série de anotações manuscritas, o réu afirma ter muito a esclarecer.

 

MidiaNews

fabio frigeri

 

Conforme Frigeri, que ocupava o cargo de assessor especial na gestão do ex-secretário Permíno Pinto (PSDB), também preso na operação, as acusações de fraudes e participação em organização criminosa são falsas.


Ele detalhou a busca, apreensão na sua casa no dia 3 de maio passado, quando foi proibido de acompanhar parte das buscas.

 

Afirma que foi levado para Penitenciária Central do Estado (PCE)  e ficou oito horas de pé, sem água e sem comida. "Achei muito estranha essa atitude e quero que fique registrado".

 

Fábio afirmou que desde a prisão se preparou para a aportunidade de esclarecer os fatos. Ele confirmou que foi para a Seduc a convite de Permínio e atuava no suporte técnico e também na assessoria do ex-secretário.

 

Relata que foi para o setor de engenharia a pedido de Perminio para atender as demandas de projetos.

 

Fábio contou que foi o Permínio que o apresentou ao empresário e delator Giovani Guizardi. Este dizia que representava um grupo do governo. Acrescentou que Permínio o falou para atender Guizardi quando fosse solicitado. "Ele (Permínio) não entrou em detalhes e não sou de questionar meus superiores".

 

A partir daí, conta Fábio, Guizardi disse que estava montando um grupo político junto com empresarios e que precisava do contato de alguns deles pois já tinha conversado com outros ." Ele disse que se a gente não fizesse iria achar alguém que fizesse".

 

Frigeri afirmou que Guizardi foi enfático em dizer que representava o governador Pedro Taques, Alan Maluf e o deputado Guilherme Maluf.  "Disse que iria montar o grupo para conserguir repor os gastos de campanha".


Segundo Frigeri, ele foi procurado, posteiriormente, por alguns empreiteiros dizendo que Guizardi fazia cobranças indevidas e tratando os empresários de forma agressiva.

 

A denúncia, conforme Fábio, foi levada para o então secretário que disse que iria tratar com Guizardi.


Dias depois outros empresários o procurou com reclamações semelhantes. "Ele me disse que o problema não era contribuir porque ele já tinha feito isso em outras campanhas, mas não concordava com a maneira com que Guizadi tratava a todos. Ele informou que esse empresário era o Ricardo Sguarezi, dono da Aroeira Construtora.

                       

Frigeri pediu desculpas e afirmou que naquele momento não percebeu que estava sendo omisso. "Todas reclamações eram levadas para Permínio. Nunca soube desses valores que Guizardi falou, nunca recebi nada".

 

Ele disse que tinha dois empregos na època. Na Seduc e na área privada. "Única coisa que Permínio me prometeu foi que eu deixaria de ser auxiliar para ter um cargo diferenciado".

                       

O réu relata que, um dos empresários que contou sobre as queixas e os abusos de Guizardi, alertou que conhecia o delator há muitos anos e que ele era dependente de medicamentos e mesmo de entorpecentes, que ele era uma pessoa difícil e bipoolar.

 

Conforme Fábio, Guizardi fazia promessas aos empresários que pagavam propina que não poderia cumprir.


Frigeri detalhou que um dia deu carona para Permínio que o orientou a ir até o buffet Leila Malouf para que ele repassase a Alan Malouf as reclamações dos empresários.


Durante o depoimento, o engenheiro chorou e disse que quer acabar com as mentiras, pois acabaram com a sua vida e da sua família.

 

Fábio diz foram dadas relevância às testemunhas do Ministério Público e que estas mentiram. Ele criticou os fatos que foram relatados na mídia. "É uma contação de história para acabar com a vida da gente. Meus pais tiveram que sair de  casa".


"Eu até parei de vir nas audiências porque era uma contação de mentiras sem fim. Não tinha mais condições de vir".

 

"O Ministério Público tem mais de 1500 interceptações telefônicas minha cobrando dos empresários sobre a qualidade das obras e o cumprimento dos prazos, mas escolheram 20".  

                     

"Teve um policial que ouviu uma ligação minha com uma pessoa identificada como Luiz e que o Ministério Público deduziu que era Luiz Fernando (delator). Esse luiz era meu pai. Era com ele que eu estava conversando. Eu passei o telefone dele. Mas isso foi manipulado, me desculpa mas isso não é certo".


Após a conversa com Alan, o empresário disse que tomaria providências para retirar Giovani da Seduc . "Ele até mesmo me ofereceu a vaga de Giovani e explicou  papel dele na organização".

 

Frigeri disse que ficou chocado quando soube que as cobranças de Guizardi eram para cobrir os R$10 milhões investidos por Alan Malouf. Fábio afirmou que recusou a oferta e foi orientado a não atender mais Guizardi.  "Ja no centro de custodia eu vi um video do Giovani recebendo dinheiro de empresario. Isso foi depois dessa conversa" , relatou o réu.                       

Em depoimento,  Frigeri disse emocioando que depois do dia 3 de maio todos sabem a vida que ele está tendo. "Eu perdi meus dois empregos e só não estou passando mais dificuldade porque minha familia tem nos ajudado". O engenheiro relata também que sofreu quatro ameaças de Guizardi quando ambos estavam presos no Centro de Custódia. Em uma delas, Guizardi disse a Frigeri que o grupo havia contratado quato detetives e que sabiam a rotina de todos, até mesmo de representantes do MPE. "Ele dizia que eu nao sabia o que ele fazia lá fora. Que eu nao o conhecia e que eu tinha familia la fora"  detalhou." Qualquer um de nós poderia mudar para a China que ele iria achar. Ele disse isso na quadra para todo mundo ouvir" , completou.            

 

Frigeri explica que o empresário Ricardo Sguarezi testemunhou contra ele por conta de dois processos que a construtora tinha na Seduc para que devolvesse valores de dois contratos. Explica também que os atrasos nos pagamentos ocorriam por falta de recursos e não porque alguém estivesse barrando os pagamentos.

 

Ele afirma que que recebeu ajuda financeira de Perminio logo após ser preso. "Eu tinha dois empregos e um padrão de vida. A Seduc nao me pagou no mês em que fui preso. Só 60 dias depois. Um familiar meu procurou, sim, o Perminio e ele nos ajudou. Agora minha familia  nos mantém". declara.

 

O depoimento de Fábio Frigeri foi encerrado por volta das 17h e logo em seguida o engenheiro Juliano Haddad começou a ser ouvido. Ele é acusado de fraudar licitações da secretaria. O acusado afirmou que que as denúncias contra ele são falsas. Que não foi para a Seduc por indicação, mas por seleção de currículos e que nunca esteve envolvido em atos ilícitos.

 

                     

                    

 

 

 

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